Após informe do FBI sobre uma possível tentativa de invasão ao Capitólio, Guarda Nacional deve permanecer na capital dos EUA

Quase dois meses após a invasão do Capitólio, sede do Congresso dos EUA, por centenas de apoiadores do ex-presidente Donald Trump, a segurança do edifício e em partes de Washington voltou a ser reforçada nesta quinta-feira (4), depois que agências de inteligência publicaram alertas sobre possíveis ataques que estariam sendo planejados por grupos de extrema-direita.

Segundo informes publicados pelo FBI e outros órgãos de inteligência, houve um aumento nas conversas entre membros desses grupos na internet, convocando-os para uma nova tentativa de invasão e tomada do Capitólio nesta quinta. A data, 4 de março, teria sido escolhida porque foi tradicionalmente o dia da posse de um novo presidente norte-americano, de 1793 a 1933.

Nos fóruns de grupos que continuam propagando a tese de que o ex-presidente Trump teria perdido a eleição presidencial de 2020 para Joe Biden por meio de uma fraude eleitoral, essa seria a data para que o republicano retomasse o poder.

Medidas de segurança

Para evitar possíveis problemas, a Câmara dos Representantes mudou sua programação, adiantando para a noite de quarta uma votação que inicialmente estava marcada para quinta. Com isso, a maior parte dos parlamentares não foi ao Congresso. O Senado, no entanto, manteve uma sessão para debater o pacote de estímulo econômico proposto por Biden.

Também nesta quinta, a Polícia do Capitólio enviou um pedido ao Pentágono, solicitando que a Guarda Nacional permaneça fazendo a guarda da sede do Congresso por mais dois meses, segundo uma fonte de defesa ouvida pela agência Reuters.

Os soldados da Guarda Nacional foram posicionados no local e em outros pontos de Washington após a invasão no último dia 6 de janeiro. Atualmente, cerca de 5,2 mil homens da tropa fazem a guarda do Capitólio, em uma missão que inicialmente estava prevista para terminar na próxima semana.

“Devemos mantê-los aqui pelo tempo que for necessário”, disse a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, durante uma coletiva. Ela também disse que o Congresso irá analisar um plano para a implementação de melhorias na segurança do prédio nos próximos dias.

Fonte: R7