Suspeitos foram autuados pelos crimes de estelionato, uso de documento falso e associação criminosa. Grupo pagaria R$ 500 para mulher abrir conta em Guarapari.

Três suspeitos que utilizavam documentos falsos para abrir contas correntes em agências da Caixa Econômica Federal (CEF) para a realização de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foram presos em Guarapari na última quinta-feira (10). Uma das pessoas foi detida em uma agência do bairro Muquiçaba.

Segundo a Polícia Civil, o trio faz parte de uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos. A primeira prisão foi de uma mulher de 36 anos dentro da agência da Caixa de Muquiçaba.

A delegada Rosane Cysneiros, titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic), disse que a suspeita conseguiu abrir a conta corrente, mas continuou na agência aguardando para baixar o aplicativo do banco no aparelho celular.

Com a chegada dos policiais, a mulher apresentou um documento emitido no Rio em nome de outra mulher.

Suspeitos saíram do RJ para aplicar golpes em Guarapari

Ela disse que na madrugada de quinta-feira (10) saiu do Rio de Janeiro com uma mulher de 51 anos e um homem de 46 anos com o objetivo de aplicar golpes de abertura de contas correntes nas agências da Caixa, onde depois seriam feitos saques do FGTS.

“A detida informou que eles cumprem o que no grupo é chamado de ‘trabalho’ e que receberia a quantia de R$ 500 pelo serviço”, disse a delegada.

A suspeita não soube informar de que forma os valores seriam sacados porque a função dela e dos comparsas eram apenas abrir as contas.

Os comparsas da mulher presa dentro da agência bancária foram presos quando estiveram na delegacia e se apresentarem como parentes dela. A mentira foi descoberta porque antes, em depoimento, a suspeita já havia informado não ter parentes na cidade.

“Os policiais se dirigiram para abordar o veículo. O motorista, ao perceber a presença policial, tentou evadir-se do local, mas foi impedido pela abordagem policial. Nas verificações que se iniciaram, foi possível identificar que se tratavam dos criminosos integrantes do grupo da detida”, contou a delegada.

O homem de 46 anos já tinha passagem pela polícia pelos crimes de estelionato, furto e receptação, no Rio de Janeiro e São Paulo. Já a mulher de 51 anos tinha passagem pelo crime de estelionato, na Paraíba.

“No aparelho celular da detida, em fotos na galeria de um aplicativo de mensagens, foi possível identificar documentos sendo preparados com a foto da conduzida e com outros nomes impressos”, disse a delegada.

Os presos foram autuados pelos crimes de estelionato, uso de documento falso, associação criminosa e encaminhados ao sistema prisional. Os documentos falsos e o veículo onde os suspeitos estavam também foram apreendidos.

Fonte: G1