Descontrolada no Brasil, a esporotricose, infecção contagiosa causada pelo fungo Sporothrix schenckii, é tratada gratuitamente pela Secretaria de Saúde de Vila Velha. A Unidade de Vigilância de Zoonoses trata cães e gatos e as Unidades de Saúde, dos humanos. Este ano foram registrados na cidade 145 casos da doença em humanos e 390 em animais.
 
Segundo o Ministério da Saúde, a esporotricose pode afetar gatos, cães e humanos e é transmitida de três formas: pelo contato do fungo com a pele ou mucosa por meio de um trauma decorrente de acidentes com espinhos ou lascas de madeira ou com vegetais em decomposição ou através da mordida ou arranhão de animais doentes, geralmente o gato.
 
A médica veterinária da Unidade de Vigilância de Zoonoses, Thais Premoli Azevedo, destaca que os gatos, que são os animais mais sensíveis a essa doença, normalmente se contaminam com o fungo através de brigas com animais doentes ou pelo contato com a terra ou outros ambientes contaminados.
 
A especialista orienta que para prevenir que o pet possa pegar a doença é importante mantê-lo sempre em casa, sem acesso à rua ou à quintais com terra. “Dessa forma, ele não terá contato com animais ou ambientes infectados e estará seguro”, afirma.
 
Doença tem cura
 
“A doença tem cura mas é necessário realizar o acompanhamento com o médico veterinário seguindo corretamente a prescrição dos medicamentos e orientações até alta clínica”, orienta a médica veterinária da Unidade de Vigilância de Zoonoses, Mariana Corrêa Santos.
 
Caso o animal tenha sintomas da doença é importante que ele seja isolado, mantendo distância de outros animais e pessoas da casa até que o tratamento seja feito e o animal receba alta. Para contato direto com o pet contaminado, é necessário o uso de luvas de látex.
 
Sintomas
 
“O gato quando está infectado pode apresentar feridas na pele que não cicatrizam, aumento de volume na região do nariz ou até mesmo apenas espirros frequentes”, explica Thais Premoli Azevedo.
 
Já nos humanos, a infecção surge quando o fungo penetra no corpo através de pequenos cortes e arranhões na pele, causando a uma lesão semelhante à uma picada de inseto, que evolui para feridas, além do aparecimento de caroços e aumento dos linfonodos.
 
A Médica Veterinária Mariana Corrêa Santos alerta que o gato é tão vítima da doença quanto o humano. “Não abandonem os gatos doentes, pois ele não é vilão nessa história e também está sofrendo com a doença. O importante é fazer o tratamento completo até o restabelecimento do animal”.
 
Tratamento
 
Munícipes cujos gatos sejam diagnosticados com esporotricose devem entrar em contato com a Unidade de Vigilância de Zoonoses, pelo telefone (27) 99235-0480. No local é realizada consulta, exame e acompanhamento do tratamento até a cura clínica do animal.
 
No caso de humanos com a doença, ou suspeita, devem procurar a Unidade de Saúde de sua referência, que fará o acompanhamento e tratamento necessários.

Fonte: Secretaria de Saúde