Cerca de 7% da população brasileira convive com a doença, considerada a segunda comorbidade mais associada a óbitos pelo novo coronavírus

Nesse momento de quarentena, diabéticos podem ter dificuldades de acesso às medicações e aos profissionais de saúde. Estudos mostram a correlação de maior complicação decorrente da infecção por covid-19 em pacientes portadores de diabetes. A presença de doenças concomitantes, como as do coração, também são um sinal de alerta, independentemente da idade. 

O endocrinologista João Eduardo Salles alerta que ao longo da pandemia foi observado que os pacientes mais propensos a ter problemas relacionados ao coronavírus, são os pacientes diabéticos, principalmente com diabetes descompensado, em que a glicemia não está bem regulada. “Isso porque esse paciente já tem um processo inflamatório prévio no tecido adiposo que é causado por essa doença, principalmente no caso do diabetes tipo 2”, destacou o médico. 

De acordo com o especialista, provavelmente a presença desse processo inflamatório associado a valores mais elevados de glicose torna então o organismo mais propício a ter uma infecção mais grave pela covid-19.

Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, estima-se que 16,8 milhões de pessoas apresentem diabetes no Brasil. Nesse cenário, é importante que os fatores de risco tais como a hiperglicemia e hipertensão, sejam otimizados. “É importante que diabéticos estejam em casa em isolamento e não pode deixar de medir a glicemia. É importante medir, principalmente do jejum e 2h após as refeições para saber se está controlada ou não. Com isso, se previne em ter um problema maior com a covid-19”, destacou o médico.

Outros cuidados 

– Atenção com a alimentação;

– Não deixe de tomar os medicamentos para o diabetes;

– Pratique atividade leves e moderadas, mas não deixe de fazer exercícios;

– Caso note glicemia muito alterada, não deixe de buscar ajuda médica. 

Fonte; Folha Vitória