Novo pedido de vista, dessa vez feito pelo desembargador Pedro Valls Feu Rosa, adiou desfecho de processo contra o magistrado

Foi adiado pela segunda vez o desfecho do julgamento do juiz Valeriano Césario Bolzan, da Comarca de Venda Nova do Imigrante, acusado de exercer a magistratura enquanto mantinha, paralelamente, o funcionamento de uma granja voltada para a produção e comercialização de aves.

A Lei Orgânica da Magistratura (Loman) não permite que juízes gerenciem empresas ou figurem como sócios majoritários em empreendimentos comercias.

O julgamento do processo contra o magistrado foi retomado nesta quinta-feira (20), após os autos terem recebido um pedido de vista por parte do desembargador Namyr Carlos de Souza Filho, na sessão do Pleno do TJES do último dia 06.

Na sessão desta quinta-feira, Namyr seguiu o voto do relator do processo, desembargador Raphael Americano Câmara, entendendo pela aposentadoria compulsória do juiz como punição pelas práticas ilegais atribuídas a ele no processo. 

No entanto, novo pedido de vista, dessa vez feito pelo desembargador Pedro Valls Feu Rosa, adiou novamente o resultado do julgamento, que até o momento conta com o placar de cinco votos a favor da aposentadoria compulsória de Valeriano.

No mesmo processo, em que responde por sete irregularidades cometidas durante o exercício da magistratura, o juíz também é acusado de utilizar servidores do fórum para trabalhar em seu empreendimento, além de ter mantido relações íntimas com uma mulher nas dependências da comarca.

Dez galpões para a criação de frangos

Ao responder interrogatório da Corregedoria de Justiça do Estado, durante a investigação dos fatos que culminaram na condenação do juiz, o próprio magistrado admitiu manter na cidade dez galpões visando à criação de frangos e que cada um desses espaços abrigava até 33 mil aves, que seriam comercializadas futuramente.

Fonte: Folha Vitória