Cerca de 17 toneladas de restos animais armazenadas sem condições de higiene foram apreendidas pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), nesta terça-feira (21), em Guarapari. O nome do estabelecimento não foi divulgado. De acordo com a Polícia Civil, os donos do estabelecimento compravam restos de animais, partes que não são comestíveis, misturavam a outros pedaços e revendiam. Partes como pulmão, tendão e veias. Assim, o consumidor tinha acesso a carnes que deveriam ter sido descar

A ação ocorreu durante uma operação em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SFA/ES, após investigações apontarem que a empresa atuava abastecendo o mercado clandestino com restos e subprodutos animais. O estabelecimento foi alvo de busca e apreensão.

A mesma empresa já havia sido alvo de ação conjunta em abril de 2022. Na ocasião, foram apreendidas cerca de 50 toneladas de produtos de origem animal, inclusive pênis de boi. Indícios apontavam que os resíduos de abates de animais seriam usados na produção de embutidos. De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani, a operação realizada na terça (21) é um “reflexo” do que aconteceu há dois anos.

“Depois do que aconteceu em 2022, passamos a monitorar o estabelecimento para que eles não fizessem isso. E a análise indicou que eles voltaram a atuar no Estado. Mais uma vez, armazenaram os produtos de forma incorreta. Eles recebiam os materiais como resto, mas não davam a destinação correta. É um risco contaminação, transmissão de doença”, afirma o delegado.

Após a operação, a ordem é que o estabelecimento descarte todo o material. Segundo Passamani, o próprio estabelecimento deverá pagar pelo descarte. “Serve como uma punição. Os responsáveis serão investigados”, comentou o delegado.

Fonte: A Gazeta