Ministério da Saúde tentou comprar 331 milhões de seringas, mas só conseguiu 8 milhões, porque os preços “eram muito baixos”

O governo precisa oferecer preços mais realistas para seringas e agulhas se quiser garantir a vacinação em massa da população, alertou um representante dos fabricantes brasileiros do material nesta quarta-feira (30), após o fracasso de um pregão eletrônico.

O Brasil ficou atrás de outros países latino-americanos na obtenção de vacinas contra a covid-19 e agora corre o risco de não ter seringas suficientes quando as vacinas chegarem, disse um representante da indústria.

O governo tentou comprar 331 milhões de seringas em leilão na terça-feira, mas só conseguiu comprar 8 milhões, ou 2,5%, porque seus preços eram muito baixos, afirmou Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos).

“Os preços de referência definidos pelo governo não têm relação com a realidade das empresas de seringas”, disse Fraccaro por telefone. O Ministério da Saúde ofereceu R$ 0,13 por seringa quando as companhias pediam entre R$ 0,22 e R$ 0,48 dependendo do item, afirmou ele.

Fonte: R7