A mudança atinge 158 milhões de pessoas. A aplicação deverá ser feita cinco meses após a imunização completa

O Ministério da Saúde ampliou a aplicação da dose de reforço contra a Covid-19 para todos os brasileiros acima de 18 anos. O intervalo entre a aplicação extra e o esquema vacinal completo também diminuiu: de seis para cinco meses. As novidades foram anunciadas pela pasta nesta terça-feira (16).

Anteriormente, apenas os idosos acima de 60 anos, imunossuprimidos e os profissionais da saúde estavam aptos a receber a dose de reforço, totalizando um público de 21 milhões. Agora, o ministério planeja vacinar 158 milhões de pessoas com a aplicação extra.

“Com isso, vamos ter uma cobertura vacinal maior da nossa população e evitar o que está acontecendo em alguns países na Europa”, afirmou o ministro Marcelo Queiroga, completando que o Brasil poderá ser “um case de sucesso no enfrentamento a uma possível terceira onda causada pela Covid-19″.

Das pessoas aptas a tomar o reforço, 12,7 milhões já foram aos postos, o que significa 56% do público anteriormente incluído. O Ministério da Saúde espera vacinar com a dose de reforço 12,5 milhões de pessoas ainda em novembro e outros 2,9 milhões em dezembro.

O Ministério recomenda, preferencialmente, que a aplicação do reforço da AstraZeneca e da CoronaVac seja feito com uma vacina diferente das aplicadas no esquema de imunização primário, com a Pfizer. “É o que nós chamamos de vacinação heteróloga. Essa decisão é apoiada na ciência”, disse Queiroga. Em eventual desabastecimento, pode ser usada uma outra plataforma. 

No caso das pessoas imunizadas com as duas doses da Pfizer, a pasta não informou se a aplicação extra deve ser feita com a mesma plataforma ou deve haver uma mistura de fabricantes. “Quanto à Pfizer, ainda não temos todas as informações sobre essa aplicação heteróloga. Há aqueles que defendem que deve ser a mesma vacina, nesse caso. Mas isso ainda não é consolidado na ciência. Teremos esses dados no tempo de aplicar esse reforço. Esperamos ter informações concretas a esse respeito em curto espaço de tempo”, detalhou Queiroga. 

No caso das pessoas que, excepcionalmente, fizeram intercambialidade de fabricantes durante o esquema vacinal primário, a recomendação é receber a Pfizer como dose de reforço. 

Janssen

Para os brasileiros que tomara a vacina de dose única, da Janssen, as instruções são diferentes. “No início a recomendação era que a vacinação fosse de dose única. Hoje nós sabemos que é necessária uma proteção adicional. Então os que tomaram a vacina da Janssen vão tomar a segunda dose do mesmo imunizante”, afirmou Queiroga. 

Segundo o ministro, há quantitativo suficiente para garantir essa segunda aplicação da Janssen. O intervalo entre as doses será de dois meses. Passado os cinco meses deste complemento, este grupo também entrará no esquema de reforço e só então poderão tomar um imunizante diferente. 

Fonte: R7