Substituições de Tite atrapalham, mas passividade volta à tona e assume protagonismo no Rubro-Negro
Após cinco anos sem perder na Arena do Grêmio, o Flamengo foi derrotado pelo Tricolor por 3 a 2, em jogo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida marcou mais um capítulo inerte do Rubro-Negro, que sofreu apagão geral e mostrou a falta de controle emocional para lidar com o adverso e manifestar poder de reação.

Em noite que se iniciou de forma positiva, o Flamengo viu a passividade voltar a ser protagonista na temporada 2023. O time começou o jogo bem, dominando as ações e sendo superior ao Grêmio, mas viu o Tricolor ajustar a marcação e começar a incomodar. A postura do Fla com a possível reação? Inerte. O resultado? A derrota.

O ciclo que marcou a temporada voltou à tona no terceiro jogo de Tite. O Fla teve a posse de bola, abriu o placar, criou chances, mas não matou a partida. De quebra, viu o adversário se movimentar em busca de uma reação e, mesmo assim, cozinhou as ações em banho maria, estratégia que não funcionou em nenhum momento de 2023.

Gremio x Flamengo – Campeonato Brasileiro

Grêmio x Flamengo – 29ª rodada do Campeonato Brasileiro (Foto: Marcelo Cortes/CRF)

A postura passiva do Flamengo fez o Grêmio crescer, e o gol de empate do Tricolor foi o suficiente para terminar de desequilibrar o time mentalmente. O fato, inclusive, foi citado por Tite em coletiva pós-jogo, onde o técnico admite que o Rubro-Negro precisa de maturidade para não sentir o gol adversário e se abater. E essa maturidade o Fla ainda não tem.

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Por falar em Tite, a derrota para o Grêmio também passa muito pelas mãos do técnico. As substituições não funcionaram, e a mudança no esquema do time também não. Ao contrário, surtiram efeito contrário e pioraram o Flamengo. Aliado à isso, atuações individuais muito aquém do aceitável não permitir o Rubro-Negro a sair vitorioso e manter o tabu de cinco anos sem perder na Arena.

Em uma noite que fez os flamenguistas se recordarem dos piores momentos da temporada, o Flamengo foi inerte e pagou o preço pela postura – ou falta dela. O time de 2023 não faz por onde ser feliz e não merece ser. O ‘sonho’ de encostar no Botafogo na tabela foi apenas uma das muitas utopias que contrariaram a realidade dos fatos apresentados pelo Rubro-Negro no ano.

Agora, é lamber as feridas, continuar buscando o amadurecimento e, assim, perseguindo o grande objetivo de 2023: garantir a classificação direta para a final da Libertadores. O trabalho será árduo e demandará tempo, mas o Flamengo, dentro do que entendo, está nas melhor mão possível para comandar a reestruturação necessária.

Fonte: Lance