River dominou completamente o jogo  Allianz. Deveria ter goleado. Venceu ‘apenas’ por 2 a 0. Palmeiras na quinta final da Libertadores

Irreconhecível o time de Abel Ferreira.

Inseguro, tenso, desorganizado.

Desesperado.

O Palmeiras parecia um time pequeno, minúsculo no Allianz.

Nem parecia que tinha vencido o primeiro jogo da semifinal por 3 a 0, na Argentina.

Amedrontado, encolhido, deu todo o espaço que o River Plate precisava.

Mas graças a Weverton e à ótima arbitragem do uruguaio Esteban Ostojich.

Ele anulou com correção um gol do time argentino.

E voltou atrás em um pênalti que havia marcado erroneamente para o River.

Além de não marcar penalidade inexistente, também para o time de Gallardo, aos 49 minutos do segundo tempo.

Borré ainda estava impedido na jogada.

O apoio do VAR foi fundamental nos lances duvidosos.

O Palmeiras perdeu sua invencibilidade.

Mas garantiu sua vaga no dia 30, no Maracanã.

Na sua quinta decisão de Libertadores na história.

O sonho é repetir 1999, quando conquistou seu único título.

Era lógico que Marcelo Gallardo iria colocar seu time na frente e tentar usar sua maior arma, que é o domínio da bola e os ataques em bloco.

Foi assim que o River, sob o comando de Gallardo, chegou a três finais da Libertadores, nos seis anos sob seu comando.

Foram desastrosas as atuações de Danilo, de Zé Rafael e de Gustavo Scarpa.

Alan Empereur e Luan estiveram mal demais na zaga, para completar.

O time argentino fez o que quis no meio de campo. 

Ignacio Fernández e De La Cruz tiveram toda a liberdade para armar, servir Borré e Suárez.

 O River Plate chegou a 66% de posse de bola.

Com enorme desespero, a equipe paulista se contentava em dar chutões para longe. 

Não havia ninguém com personalidade para dominar a bola, trocar passes.

O River fez o que quis.

E marcou dois gols, com Rojas e Borré.

2 a 0 para os argentinos.

Merecendo marcar mais.

Veio o segundo tempo e o Palmeiras seguiu encolhido.

E tomando sufoco.

Porque o River Plate, confiante, passara a marcar a saída de bola dos brasileiros.

Seguiu criando chances.

Teve um gol anulado de Montiel, aos oito minutos.

E ainda um pênalti marcado de Alan Empereur em Matías Suarez.

O lento zagueiro Rojas colaborou ao ser expulso infantilmente, aos 27 minutos.

Mas mesmo com dez jogadores, os argentinos seguiram massacrando o Palmeiras.

Foi um sofrimento incrível.

Assustadora a maneira com que a equipe de Abel Ferreira se portou em campo.

O treinador também colaborou ao deixar seu time terminar o jogo com cinco zagueiros.

Ofereceu toda a intermediária aos argentinos.

Mas, com auxilío da sorte, e de Weverton, muito seguro, consciente, com a bola passeando o tempo todo na sua grande área, conquistou a desejada vaga.

Estará daqui 18 dias no Maracanã.

Na final da Libertadores da América…

Fonte: R7