As declarações contra a honra do profissional foram feitas em rede sociais e, se condenada, pena pode ultrapassar 10 anos. A determinação de abertura do inquérito policial partiu do Ministério Público.

Declarações de uma advogada contra um Promotor de Justiça nas redes sociais foram motivo da abertura de um inquérito por parte Polícia Civil do ES, por determinação do Ministério Público.
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Em março deste ano, em um júri de feminicídio, o Promotor de Justiça concedeu entrevistas a diversos veículos de comunicação. Com base nas notícias sobre o caso, a advogada publicou, em suas redes sociais, um vídeo, de circulação pública, em que o acusou de ser “reprodutor de violências, estereótipos e naturalização das violências contra as mulheres”, de “ter uma fala dessa partindo do Estado é muito grave”, de “que o discurso é misógino e patriarcal”, entre outras imputações de crimes contra a honra do promotor.
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Ela ainda confessou, na mesma postagem, que desconhecia o teor total do processo, mas, mesmo assim, emitiu opiniões diante sua alegada experiência no assunto.
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Em razão do teor das falas, o Ministério Público determinou a instauração de inquérito policial à Polícia Civil para apurar os crimes de calúnia e difamação, com o aumento da pena pelo fato das acusações serem contra um funcionário público no exercício da profissão e por meio que facilitou a divulgação em redes sociais.
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Se condenada, a advogada pode pegar mais de 10 anos de prisão, além da multa e ressarcimento dos danos por todos os crimes indicados.

Fonte: CN