Cerca de 60% dos suspeitos detidos já tinham condenações pelo crime

Durante 50 dias de operação realizada no Espírito Santo, a Polícia Civil prendeu 34 homens acusados de cometerem estupros. Dentre as prisões, 33 ocorreram na Grande Vitória e apenas uma no interior do estado, no município de Marataízes.

A operação aconteceu entre os meses de outubro e novembro em cumprimento à mandados de prisão. Dentre os presos, segundo a polícia, há guarda-vidas, missionário evangélico e até familiares de vítimas. As idades dos acusados variam entre 25 a 85 anos. 

De acordo com o delegado Marcos Aurélio Ferreira Medeiros, muitos dos suspeitos eram pessoas próximas das vítimas. “A pessoa normalmente é muito próxima da vítima, faz parte de algum ciclo de convívio. É alguém que as pessoas não desconfiam”, alertou. 

Apesar da operação ter foco na região metropolitana, em especial nas cidades de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, o chefe da Polícia Civil, delegado José Darcy Arruda, garante que operações serão estendidas para todas as cidades do interior do Estado.

“Ela agora vai se expandir para o interior do Espírito Santo. Vamos fazer essa operação nos moldes que realizamos a Operação Caim”, explicou 

De acordo com dados da polícia, 60% das prisões foram de homens que já tinham condenações pela Justiça por crime de estupro. 

A policia destacou que existe uma agravante quando o crime é contra uma pessoa em situação de vulnerabilidade, que abrange atos sexuais cometidos contra menores de 14 anos de idade ou ainda pessoas que estão em alguma situação delicada, como acamadas, por exemplo, e não podem se defender.

Segundo o delegado Júlio César, a Superintendência de Polícia Interestadual e Captura pretende fazer um levantamento mais detalhado sobre a quantidade de crimes de estupro no Espírito Santo, principalmente na região da Grande Vitória.

“É um número bastante expressivo! De outubro para cá, significa que houve praticamente uma prisão por dia. É um trabalho muito criterioso, levantando dados criminais dos mandados de prisão expedidos. A ideia é, futuramente, termos, por meio do setor de inteligência, dossiês dos suspeitos para conseguirmos prende-los”, explica. 

Fonte: Record TV.