Decisão leva em conta diversos fatores envolvendo a negociação, que foram obtidos com exclusividade pela coluna

Zouian, fundadora do supermercado Santo Antônio, em Guarapari e Anchieta, retomou a administração da rede. A empresa, que atua há mais de 50 anos na região Sul, conseguiu uma liminar na Justiça, no início da tarde desta quinta-feira (28), rescindindo o contrato que havia feito com a companhia DX Group Participações e Investimentos Eireli, comandada pelo empresário Creso Suerdieck Dourado.

A informação foi obtida pela junto a fontes do setor supermercadista.
Desde que a empresa – do empresário Jorge Zouain – foi comprada em julho deste ano, o grupo de São Paulo anunciou vários investimentos e melhorias nas lojas, mas nenhuma delas saiu do papel.

“Foram descumpridas várias cláusulas. O prejuízo já é muito grande. Decidimos entrar na Justiça para evitar que mais estragos sejam feitos”, contou uma fonte à coluna ao comentar que o proprietário Jorge Zouain recebeu apenas duas parcelas do pagamento sobre a venda e depois disso não viu mais nenhum tipo de remuneração.

A falta de compromisso financeira do grupo paulista também se refletiu junto aos fornecedores. Segundo uma fonte, as dívidas se acumulam em diversas áreas, como frios, carnes, materiais de limpeza, alimentos, entre outros, e já ultrapassam o montante de R$ 5 milhões.

“Esse grupo gerou uma grande crise, criando um desabastecimento em Guarapari, especialmente no Centro da cidade, onde não existem outras redes supermercadistas. Além de ter deixado de atender corretamente nossos clientes, deixou de pagar funcionários e fornecedores. Vamos retomar a empresa e organizá-lo novamente. Queremos negociar com todos que levaram prejuízo e restabelecer a credibilidade que o Santo Antônio sempre teve”, garantiu uma fonte ligada ao grupo Zouain.

O próximo passo, conforme adiantou um dos envolvidos no processo de recuperação da empresa, será acionar o DX Group Participações e Investimentos Eireli e o empresário Creso Suerdieck Dourado na Justiça – não só com medidas judiciais administrativas como também criminalmente. Procurada, a empresa paulista informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “até o momento não tem ciência desta liminar e só irá se manifestar assim que a assessoria jurídica tiver acesso aos autos”.

Fonte – A gazeta