O único golfinho resgatado vivo, um exemplar de dentes rugosos encontrado na Praia de Ubu, Anchieta, destaca os esforços de conservação em curso

No Espírito Santo, um preocupante fenômeno ambiental chama a atenção: em apenas dois meses, 14 golfinhos foram encontrados sem vida nas praias locais, com apenas um sobrevivente sendo devolvido ao oceano. A situação, monitorada pelo Instituto Orca, evidencia a vulnerabilidade destes mamíferos marinhos no litoral capixaba, particularmente nos meses de fevereiro e março de 2024.

Um dos últimos registros foi de um Boto Cinza, encontrado morto na praia de Aracruz. Este animal, um adulto de aproximadamente 1,82 metros e de sexo indeterminado, representa a contínua luta pela sobrevivência dessas espécies contra ameaças crescentes.

Os especialistas do Instituto Orca, liderados por João Marcelo Nogueira, têm observado um aumento na presença de golfinhos nas águas do estado, o que por um lado é positivo, mas também levanta preocupações sobre a interação desses animais com atividades humanas, especialmente a pesca. Encalhes e doenças como infecções e pneumonia são alguns dos problemas enfrentados, muitas vezes relacionados ao contato com redes de pesca.

O único golfinho resgatado vivo, um exemplar de dentes rugosos encontrado na Praia de Ubu, Anchieta, destaca os esforços de conservação em curso.

O instituto conduz um estudo detalhado com previsão de conclusão ainda em 2024. Este trabalho visa entender melhor as causas dos encalhes e mortes, contribuindo para a proteção dessas espécies.

Você pode ajudar através do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP/ES), que oferece um canal direto, através do número 0800-039-5005, para que a população possa reportar avistamentos de golfinhos ou outros animais marinhos em dificuldade. Esta iniciativa garante que cada animal receba os cuidados necessários, desde o resgate até a eventual liberação de volta ao seu habitat natural, ou a investigação das causas de morte em casos fatais.

Fonte: Opnião ES