A crescente preocupação com as contas fiscais brasileiras e a expectativa de que mais cortes de juros podem vir pela frente também pressionaram o câmbio

O dólar fechou a sexta-feira, 7, no nível mais alto desde 30 de junho, cotado em R$ 5,4143. A moeda americana encerrou a semana acumulando valorização de 3,8%, a maior em seis semanas. Profissionais das mesas de câmbio dizem que o cenário externo pesou, com o dólar ganhando força hoje nos emergentes ainda em meio ao impasse nas negociações para aprovação de um pacote fiscal nos Estados Unidos e aumento da tensão nas relações entre Washington e Pequim. Mas a crescente preocupação com as contas fiscais brasileiras e a expectativa de que mais cortes de juros podem vir pela frente também pressionaram o câmbio. Com isso, o real foi novamente a moeda com pior desempenho no mercado internacional nesta sexta-feira, considerando uma cesta de 34 divisas mais líquidas.

Para o estrategista de América Latina do banco francês Société Générale, Dev Ashish, a dívida pública bruta do Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), importante indicador de solvência de um país, caminha para atingir níveis este ano jamais vistos. Com isso, a confiança dos investidores na sustentabilidade fiscal do Brasil está sendo testada novamente, disse ao Broadcast.

Ashish destaca ainda que os casos de coronavírus seguem avançando no Brasil, o que torna o ambiente mais desafiador para o crescimento econômico e para o cenário político. Além disso, a economia enfraquecida contribui para elevar ainda mais a relação dívida/PIB, que caminha para bater em 100%, o dobro da média dos emergentes. Antes da pandemia, o economista do Société destaca que o estrangeiro via a situação fiscal brasileira mais gerenciável, com o governo tentando conter gastos e um crescimento positivo do PIB.

O Itaú Unibanco reduziu a previsão do dólar no Brasil este ano, de R$ 5,75 em dezembro para R$ 5,25. A melhora da estimativa foi reflexo inteiramente do exterior, uma vez que, no cenário doméstico, o banco alerta que o fiscal é fonte crescente de preocupação. Para o Itaú, que tem como economista-chefe Mario Mesquita, a economia americana deve crescer menos que outros grandes países, como os da zona do euro e a China. Com isso, a avaliação é que o dólar parece ter encerrado um ciclo de valorização, que foi impulsionado justamente pelo PIB mais forte dos EUA quando comparado com o resto do mundo.

O dólar fechou a sexta-feira, 7, no nível mais alto desde 30 de junho, cotado em R$ 5,4143. A moeda americana encerrou a semana acumulando valorização de 3,8%, a maior em seis semanas. Profissionais das mesas de câmbio dizem que o cenário externo pesou, com o dólar ganhando força hoje nos emergentes ainda em meio ao impasse nas negociações para aprovação de um pacote fiscal nos Estados Unidos e aumento da tensão nas relações entre Washington e Pequim. Mas a crescente preocupação com as contas fiscais brasileiras e a expectativa de que mais cortes de juros podem vir pela frente também pressionaram o câmbio. Com isso, o real foi novamente a moeda com pior desempenho no mercado internacional nesta sexta-feira, considerando uma cesta de 34 divisas mais líquidas.

Para o estrategista de América Latina do banco francês Société Générale, Dev Ashish, a dívida pública bruta do Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), importante indicador de solvência de um país, caminha para atingir níveis este ano jamais vistos. Com isso, a confiança dos investidores na sustentabilidade fiscal do Brasil está sendo testada novamente, disse ao Broadcast.

Ashish destaca ainda que os casos de coronavírus seguem avançando no Brasil, o que torna o ambiente mais desafiador para o crescimento econômico e para o cenário político. Além disso, a economia enfraquecida contribui para elevar ainda mais a relação dívida/PIB, que caminha para bater em 100%, o dobro da média dos emergentes. Antes da pandemia, o economista do Société destaca que o estrangeiro via a situação fiscal brasileira mais gerenciável, com o governo tentando conter gastos e um crescimento positivo do PIB.

O Itaú Unibanco reduziu a previsão do dólar no Brasil este ano, de R$ 5,75 em dezembro para R$ 5,25. A melhora da estimativa foi reflexo inteiramente do exterior, uma vez que, no cenário doméstico, o banco alerta que o fiscal é fonte crescente de preocupação. Para o Itaú, que tem como economista-chefe Mario Mesquita, a economia americana deve crescer menos que outros grandes países, como os da zona do euro e a China. Com isso, a avaliação é que o dólar parece ter encerrado um ciclo de valorização, que foi impulsionado justamente pelo PIB mais forte dos EUA quando comparado com o resto do mundo.

Sobre o Brasil, o Itaú alerta nesta sexta-feira que o risco fiscal segue elevado, com pressão para aumento de gastos sociais e em infraestrutura. A avaliação é que estas despesas devem subir em 2021, criando um peso sobre as contas públicas, que pode ser parcialmente compensado pelo aumento da carga tributária.

Estadão Conteúdo