O treinador argentino estava muito pressionado. Mas assumiu o risco. Colocou o Atlético no ataque, fez seu time se impor ao Flamengo de Dorival Junior. 2 a 0 resume bem demais a superioridade mineira

Antonio Mohamed estava muito pressionado.

Cobrado aos gritos ontem na saída de concentração.

A sombra de Renato Gaúcho cresce na Cidade do Galo, com a instabilidade do milionário elenco.

Sabia o quanto era importante o jogo contra o Flamengo.

O time não vencia há quatro partidas.

E o argentino tratou de fazer seu time mostrar muita personalidade, encarar a partida no Mineirão como se fosse, de verdade, uma final.

Os jogadores trataram de sufocar o rival carioca. Principalmente no primeiro tempo, a equipe de Dorival Junior sofreu muito. Principalmente pela esquerda, com grande inspiração de Nacho Fernández, Keno e Guilherme Arana. Matheuzinho sofria com a pouca participação de Andreas Pereira na marcação.

E foi por lá que o gol importantíssimo fez o Maracanã lotado balançar.

Depois trocar passes, com consciência, por mais de 30 segundos, da direita, até a esquerda, a marcação montada por Dorival.

Arena cruzou com perfeição para a antecipação de Keno. A cabeçada foi cruzada para dificílima defesa de Diego Alves. O goleiro fez o que deveria, espalmou para o lado. Só que Nacho Fernández, como um centroavante, pegou o rebote e estufou as redes rubro-negras.

Gol do Atlético Mineiro, aos 34 minutos do primeiro tempo.

O lance colocou o time na quarta colocação do Brasileiro. Enquando o Flamengo segue estagnado no 12º lugar, com péssima campanha. Que até ameaça a participação na Libertadores de 2023, cuja ausência seria um desastre.

Gabigol e Everton Ribeiro tiveram atuações fraquíssimas e nada contribuíram com o time de Dorival Junior. Foram anulados com toda facilidade. Vitinho parecia nem ter entrado em campo, tamanha sua omissão no jogo.

Não houve destaque individual no Flamengo, que foi defensivo demais, durante todo o primeiro tempo. Fixo no 4-5-1.

O Atlético Mineiro usou ao máximo toda a força de sua torcida, jogando com coragem, em um móvel 4-3-3. 

No segundo tempo, Dorival fez as trocas obrigatórias. Colocou Arão no lugar de Andreas Pereira e Marinho no de Vitinho. Tentou adiantar suas linhas de marcação. O que deixava espaços muito perigosos para os contragolpes mineiros.

Com Arrascaeta encaixotado na marcação, restava ao Flamengo levantar a bola na área atleticana, facilitando o sistema defensivo de Mohamed.

Atacando menos, mas com muito mais objetividade, veio o golpe fatal.

Aos 39 minutos, Mariano, que foi muito bem, excelente levantamento que descobriu Hulk dentro da área. A ajeitada foi perfeita. Ademir dominou e bateu forte, de esquerda, sem a menor chance de defesa para Diego Alves. 2 a 0. 

Placar e vitória justíssimas para o Atlético de Mohamed.

O Flamengo sua instabilidade em 2022.

Seja com Paulo Sousa e, agora, com Dorival Junior.

Quarta-feira, o clássico se repetirá.

No mesmo palco.

Desta vez, pela Copa do Brasil…

Fonte: R7