Gleidson e Julianna são apontados como receptores dos medicamentos furtados em São Paulo. (Reprodução / TV Globo)

Conforme adiantado pelo colunista  de A Gazeta Leonel Ximenes, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) exonerou, na tarde desta segunda-feira (22), a servidora Julianna Ritter Lopes. Ela é apontada, pela Polícia Civil de São Paulo, como suspeita de comprador remédios de tratamento contra o câncer que foram furtados em órgãos de saúde de Campinas (SP). 

A exoneração de Juliana, que atuava no gabinete do deputado Danilo Bahiense (PL), foi publicada em edição extra do Diário do Poder Legislativo, por determinação do presidente da Ales, Marcelo Santos (Podemos).  “A Assembleia Legislativa do ES vai envidar esforços para que essa situação seja completamente esclarecida, e reiteramos apoio à apuração rigorosa dos fatos, garantindo transparência e responsabilidade em todos os processos”, afirmou Santos.

Por meio de nota enviada pela sua assessoria, Danilo Bahiense também se pronunciou sobre a decisão de exonerar a servidora. “O deputado estadual Delegado Danilo Bahiense informa que foi notificado do caso pela reportagem e, imediatamente, entrou em contato com a Polícia Civil de São Paulo, para verificar o andamento das investigações. Ressalta que, como delegado de Polícia Civil no Espírito Santo, com mais de 30 anos de combate ao crime, não coaduna com qualquer tipo de delito. Diante dos fatos expostos, o parlamentar decidiu por exonerar a servidora”, afirma a nota.

A compra dos remédios seria feita em conjunto com o marido Gleidson Lopes. Os dois são responsáveis por uma ONG situada na Serra, voltada para apoio a pessoas com dificuldade de locomoção. Em apenas um dos esquemas, 79 caixas de remédio foram furtadas, e um desvio de mais de R$ 1,1 milhão.

A defesa de Julianna e Gleidson nega que o casal tenha conhecimento sobre as ilegalidades do esquema ocorrido em Campinas. “Juliana não sabe nada de nada. Gleidson tem uma ONG (na Serra), que, inclusive, não tem relação nenhuma com o esquema. Em algumas oportunidades, Gleidson comprou, sim, remédios pela internet, e ele doava e vendia para pessoas que sabia que precisava”, disse o advogado Danilo Bueno.

Fonte: A Gazeta