Como o principal destino desses passageiros vindos do país europeu foi São Paulo, a capital paulista acabou registrando os primeiros casos da doença 54,8% dos casos importados de covid-19 ao Brasil vieram da Itália

Como o principal destino desses passageiros vindos do país europeu foi São Paulo, a capital paulista acabou registrando os primeiros casos da doença

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Nesta imagem, célula é o grande corpo azul, enquanto os vírus de covid-19 são as pequenas bolinhas rosas avermelhadas

Nesta imagem, célula é o grande corpo azul, enquanto os vírus de covid-19 são as pequenas bolinhas rosas avermelhadas

A Itália foi a principal origem dos primeiros viajantes infectados pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, que chegaram ao Brasil entre fevereiro e o início de março deste ano – período que marca o começo da epidemia de covid-19 no país. A constatação foi feita por pesquisadores brasileiros, em colaboração com colegas do Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.

“Ao contrário da China e de outros países, onde o surto de covid-19 começou devagar, com um número pequeno de casos inicialmente, no Brasil mais de 300 pessoas começaram a epidemia, em sua maioria vindas da Itália. Isso resultou em uma disseminação muito rápida do vírus”, diz Ester Sabino, diretora do IMT (Instituto de Medicina Tropical) da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e uma das autoras do estudo.

Como o principal destino desses passageiros vindos do país europeu foi São Paulo, a capital paulista acabou registrando os primeiros casos da doença no Brasil. Mas, além da cidade, esses viajantes também seguiram para outras nove capitais brasileiras – Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Vitória e Florianópolis –, deflagrando a epidemia da covid-19 no país.

Os resultados do estudo, apoiado pela Fapesp no âmbito do CADDE (Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus), foram descritos em um artigo publicado no Journal of Travel Medicine.

As estimativas indicaram que 54,8% de todos os casos importados de covid-19 para o Brasil até o dia 5 de março foram de viajantes infectados na Itália, seguidos por passageiros vindos da China (9,3%) e da França (8,3%).

A rota Itália-São Paulo representou 24,9% do total de viajantes infectados que chegaram ao Brasil durante esse período e o país europeu foi a origem de cinco das 10 principais rotas de importação da covid-19 ao Brasil – China, França, Suíça, Coreia do Sul e Espanha –, aponta o estudo.

Para identificar as rotas mais importantes de importação da covid-19 para o Brasil, os pesquisadores analisaram o histórico de viagens aéreas entre fevereiro e março de 2020 de 29 países com casos confirmados da doença, que tinham como destino final alguma cidade brasileira.

Já com base no número total de passageiros que chegaram aos aeroportos no Brasil nesse período vindos desses países, além do tamanho da população e o número de casos da doença registrados nessas nações entre fevereiro e março de 2020, foi estimada a proporção de viajantes potencialmente infectados que desembarcaram nas capitais brasileiras.

As estimativas são corroboradas pelos dados oficiais de registros de casos da doença no Brasil, tabulados pelo Ministério da Saúde, que apontaram que 14 dos 29 primeiros pacientes diagnosticados com covid-19 no Brasil tinham histórico de viagens à Itália. Desse total de casos, 6 (23,1%) foram registrados em São Paulo, ressaltam os pesquisadores.

“Era muito claro que São Paulo seria o epicentro da epidemia de covid-19 no Brasil porque é a cidade que recebeu o maior número de infectados, vindos principalmente da Itália”, afirma Sabino.

Foco na mobilidade interna

Na avaliação da pesquisadora, que liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus isolado dos dois primeiros casos confirmados de covid-19 no Brasil, a fim de conter a disseminação da doença pelo Brasil, o foco, agora, deve ser na restrição da mobilidade interna no país, uma vez que a transmissão passou a ser sustentada ou comunitária.

Uma ação importante nesse sentido seria restringir a circulação de moradores de São Paulo, onde está concentrado o maior número de casos de infecção pelo novo coronavírus, aponta Sabino.

“São Paulo e Rio de Janeiro, em menor proporção, serão os centros de distribuição do coronavírus para o Brasil. Por isso, é preciso restringir a saída de pessoas dessas localidades”, avalia.

Continuidade dos sequenciamentos

O grupo de pesquisadores coordenado por Sabino continua fazendo sequenciamento de coronavírus isolados de pacientes brasileiros diagnosticados com a doença.

O trabalho, porém, teve que ser interrompido em razão da suspeita de que pesquisadores do próprio grupo também poderiam ter sido infectados pelo novo coronavírus.

“Tivemos que paralisar o laboratório e estamos retornando agora. Vamos analisar se podemos sequenciar um número maior de genomas do vírus”, diz Sabino.

A velocidade de transmissão do novo coronavírus no país também acabou atropelando o cronograma e os planos dos pesquisadores.

“A transmissão do vírus está indo tão rápido que os dados de sequenciamento não conseguem ajudar a entender como está progredindo a epidemia como planejávamos”, pondera Sabino.

A expectativa dos pesquisadores era que à medida que fossem surgindo casos esporádicos da doença iriam sequenciando para acompanhar a trajetória de transmissão, a fim de gerar estratégias de controle. Eles acabaram se deparando, contudo, com muitos casos para sequenciamento que chegaram ao laboratório ao mesmo tempo.

“Não será possível conseguir controlar o surto só com as sequências. A epidemia está progredindo muito rápido e não é possível mais seguir os casos”, diz Sabino.

Até o momento, já foram feitos quase 800 sequenciamentos de genomas de coronavírus isolados de pacientes infectados em todo o mundo.

Esse conjunto de sequenciamentos, disponibilizados em bases de dados públicas, permitirá a realização de estudos de resistência primária de antivirais promissores para combater o novo coronavírus, aponta Sabino.

“Quando surgir algum medicamento candidato, seguramente esse banco de dados de sequenciamento do genoma do vírus será útil para essa finalidade”, afirma.

Coronavírus: a angústia das famílias que não sabem se foram infectadas

Incerteza sobre contaminação tem levado muitos ao isolamento voluntário

Incerteza sobre contaminação tem levado muitos ao isolamento voluntário Getty Images

O cearense Rodrigo Carvalho vive uma quarentena dentro da quarentena.

Há 9 dias o jovem de 17 anos não sai do quarto – a não ser para ir ao banheiro, do outro lado do corredor -, porque não sabe se está infectado com o novo coronavírus e não quer colocar em risco a saúde da mãe, que toma remédios que diminuem a imunidade, e a avó, de 82 anos, que está vivendo com a família.

Na noite do dia 16 de março, ele soube que a mãe de uma colega de sala havia testado positivo para a covid-19, doença provocada pelo novo vírus.

A família da garota afirmou que ela seria submetida a um teste diagnóstico – até então, laboratórios da rede particular em Fortaleza ainda o realizavam.

Mas os kits acabaram e a recomendação no Estado, assim como a do Ministério da Saúde, diante da escassez de testes, é que eles fossem direcionados a pacientes com quadros mais graves com suspeita de covid-19.

Rodrigo é um dos 40 alunos que dividiam a sala de aula com a garota – que até o momento não apresenta sintomas.

“Mas a gente sabe que a contaminação pode acontecer mesmo quando a pessoa está assintomática”, diz a mãe, Vanusia Tavares.

Conversa através da porta

Assim, por precaução, Rodrigo tem ficado isolado do restante da família – os pais, a irmã e a avó, que se mudou para lá para que não ficasse sozinha em casa e, assim, não precisasse se preocupar com o abastecimento de bens essenciais.

A mãe conta que o menino, mesmo fechado em um espaço pequeno, tem estado bastante atarefado.

Rodrigo é pré-vestibulando e aproveita as aulas online da escola para continuar sua preparação.

A família transferiu o videogame da sala para o quarto e às vezes escuta o jovem quicar ou chutar uma bola contra a parede, a alternativa que encontrou para manter o corpo ativo.

“A gente senta em frente ao quarto dele e fica conversando, tenta ver como ele está lá dentro, se está deprimido”, diz a mãe.

“Ele é um menino tranquilo, diz pra gente que está ‘de boa’, mas a gente não sabe se ele diz isso porque quer proteger a mãe e a avó.”

Apesar de dividirem o mesmo teto, Vanusia só vê o filho por uma fresta da porta, de longe, quando ele abre para pegar a comida que é colocada em frente ao quarto.

“Eu fico angustiada, não sei quanto tempo ele aguenta.”

Toda a família está há mais de uma semana em isolamento domiciliar

Toda a família está há mais de uma semana em isolamento domiciliar BBC NEWS BRASIL

‘Operação de guerra’

Toda a família está há mais de uma semana em isolamento domiciliar. Vanusia e o marido, ambos desenvolvedores de software, estão trabalhando de casa.

Até então, a família fez duas compras pela internet: na farmácia e no supermercado – uma “operação de guerra”, na definição de Vanusia.

Quem vai buscar é seu marido, que desce pelas escadas para evitar o elevador e cobre as mãos com sacos plásticos para não tocar diretamente os pacotes.

Quando retorna, a mulher está esperando na porta com uma bacia com água e sabão para higienizar ali mesmo o que for possível. O que não pode ser lavado é desinfetado com álcool em gel.

“É tanto trabalho que a gente evita ao máximo (comprar).”

A família decidiu ser extremamente cautelosa porque Vanusia e sua mãe estão no grupo de risco para a covid-19: os casos mais graves da doença geralmente acometem pessoas com alguma comorbidade e os mais velhos.

Escassez de testes

Mesmo que alguém da família desenvolva sintomas, a não ser que sejam de maior gravidade, provavelmente não será testada, pelo menos nos próximos dias.

Desde o início da transmissão comunitária da doença, oficialmente no dia 13 de março, a política do Brasil tem sido testar apenas os pacientes com quadros mais graves – apesar de uma sinalização recente de que isso deve mudar.

No dia em que a família Tavares Carvalho iniciou a quarentena, em 16 de março, a OMS fez um apelo para que os países testassem em massa os casos suspeitos.

A ideia é que, conseguindo identificar os doentes, inclusive os assintomáticos, seria possível fazer uma quarentena mais eficiente e, assim, “achatar a curva” de infecção. Foi o que fizeram países como Coreia do Sul e Alemanha, considerados exemplos bem sucedidos de combate à pandemia.

Na ocasião, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o governo estudava importar testes rápidos para aumentar a escala da testagem, mas ressaltou que o critério não seria alterado naquele momento.

Nesta terça-feira (24/03), durante a coletiva de imprensa diária realizada pelo ministério, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, anunciou a ampliação da testagem.

A política de testagem em massa é considerada uma das razões para que a Coreia do Sul esteja conseguindo controlar a disseminação da covid-19

A política de testagem em massa é considerada uma das razões para que a Coreia do Sul esteja conseguindo controlar a disseminação da covid-19 BBC NEWS BRASIL

Serão 14,9 milhões de testes RT-PCR, que detectam a presença do vírus na amostra e, por isso, são considerados mais precisos, e 8 milhões de testes rápidos, que detectam a presença de anticorpos que o corpo produz contra o vírus – e, portanto, só acusam se alguém está doente alguns dias após a infecção, quando o organismo começa a reagir.

“Como a OMS falou que deveríamos testar, assim estamos fazendo, trabalhando duramente”, afirmou.

“Apesar de termos considerado que poderíamos trabalhar com uma estratégia um pouco menos intensa, mas orientação da OMS a gente segue e está seguindo desta maneira”, completou.

Capacidade de diagnóstico

Os testes rápidos serão direcionados a profissionais da saúde e da área de segurança, enquanto os RT-PCR continuarão sendo direcionados para os casos mais graves e, a partir de agora, também para a realização de testes por amostragem em casos leves nas chamadas “unidades sentinela” para monitoramento da epidemia.

A previsão é que, até 30/03, o país receba cerca de 2,6 milhões de PT-PCR e 3 milhões de testes rápidos.

Até o momento, a Fiocruz, única instituição que vinha produzindo os kits de PT-PCR para abastecer a rede pública, entregou cerca de 32,5 mil testes, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Além da produção, a capacidade de processamento dos testes é outro gargalo. Hoje, de acordo com o secretário, a Fiocruz e o Instituto Adolfo Lutz têm capacidade para dar 4 mil diagnósticos por dia.

Os Laboratórios Centrais de Saúde Pública em cada Estado, os Lacens, por sua vez, conseguem processar, ao todo, 2,7 mil testes por dia.

 A política do Brasil tem sido testar apenas os pacientes com quadros mais graves

A política do Brasil tem sido testar apenas os pacientes com quadros mais graves BBC NEWS BRASIL

Segundo o secretário, no “pico da epidemia” o Brasil pode precisar fazer quase 7 vezes mais, até 50 mil diagnósticos por dia – e o ministério estaria trabalhando para ampliar a capacidade.

Na rede particular, alguns empresas, como Albert Einstein e Fleury, conseguem processar os exames feitos internamente, com resultados em até 48 horas – ante uma média de cerca de 7 dias na rede pública hoje.

Para a médica sanitarista Ana Freitas Ribeiro, do serviço de epidemiologia do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, apesar das dificuldades que o país sabidamente enfrenta para adquirir e processar os exames, “daria para fazer mais”, especialmente no início do surto, quando o país optou por uma “vigilância epidemiológica passiva” – ou seja, esperava os casos serem notificados às autoridades de saúde em vez de ativamente tentar localizá-los.

A especialista destaca, por exemplo, que naquele período não houve qualquer tentativa de triagem nos aeroportos e que as definições para casos suspeitos antes da transmissão comunitária eram bastante restritivas, o que fez com que um número de potenciais casos positivos fosse excluído da vigilância.

Parte dos casos suspeitos, destaca a especialista, não chegou a ser investigada laboratorialmente porque não se enquadrava nos critérios estabelecidos à época – porque, por exemplo, a pessoa sintomática havia voltado de outros países que não aqueles determinados na lista do Ministério da Saúde.

Coreia do Sul: 15 mil testes por dia

A política de testagem em massa é considerada uma das razões para que a Coreia do Sul esteja conseguindo controlar a disseminação da covid-19.

O país é um dos que registra menor taxa de letalidade, com 1,33% de vítimas fatais entre os 9.000 infectados.

O médico Woo Joo Kim, professor do Departamento de Infectologia da Universidade da Coreia, afirma que hoje o país realiza cerca de 15 mil testes por dia, todos com PT-PCR.

“Nós aprendemos com o surto de Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) em 2015 que deveríamos ter uma forte capacidade de testagem”, ele diz, referindo-se a outra doença causada por um vírus da família corona, que infectou 806 pessoas no país e deixou 38 mortos.

Para o especialista, a realização de testes desta vez é ainda mais importante, já que o Sars-Cov-2, que causa a covid-19, pode ser transmitido mesmo por quem não apresenta sintomas.

Dos 9 mil casos registrados no país até o momento, cerca de 20% são assintomáticos.

Do total, ele acrescenta, 30% foram detectados em pessoas na faixa dos 20 anos. Ambas as estatísticas, ele diz, devem servir de alerta para a importância das medidas de distanciamento social, para evitar que pessoas com maior chance de desenvolver casos graves da doença sejam infectados por indivíduos com sintomas leves ou assintomáticos.

A Coreia adotou medidas polêmicas para garantir que as medidas de quarentena fossem eficientes, entre elas monitorar pelo GPS do celular os pacientes infectados, para garantir que eles não saíssem de casa durante o período de isolamento. ‘>Continuar Lendo

Pandemia faz Vanessa da Mata adiar casamento com ministro

Vanessa da Mata e Bruno Dantas adiaram casamento

Vanessa da Mata e Bruno Dantas adiaram casamento Divulgação

Vanessa da Mata, que estava de casamento marcado com Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), resolveu adiar a cerimônia.

A cantora explicou que não terá como manter a data inicial, que era 12 de abril, por conta da pandemia de coronavírus. A festa aconteceria em Cuiabá, cidade natal da artista.

Ao anunciar o casamento em março, nos stories do Instagram, Vanessa se derreteu pelo marido: “Estou noiva. Vou me casar. Meu amor se chama Bruno Dantas. Nosso sentimento veio de maneira real, cuidadosa, com cumplicidade, maturidade romântica e muito coragem! Coragem, que é tão difícil de ser ver nesses dias de hoje para um sentimento grandioso como esse. Então, brindemos o amor!”.Continuar Lendo

Australianos que regressarem ao país ficarão 14 dias de quarentena

Austrália toma mais medidas contra coronavírus

Austrália toma mais medidas contra coronavírus Loren Elliott/Reuters – 18.3.2020

Os australianos que retornarem ao país a partir de sábado (27) serão obrigatoriamente confinados em hotéis por 14 dias, anunciou o governo do país, nesta sexta-feira, como uma medida para conter a propagação do coronavírus.

A medida, que entrará em vigor amanhã, adiciona uma série de restrições de viagem impostas gradualmente na Austrália este mês, como a proibição de saída de cidadãos para o exterior e a fechamento de fronteiras a turistas e estrangeiros não residentes.

“Nosso anúncio nos permite lidar com a crescente pressão dos australianos que voltam para casa. Dois terços dos casos que temos atualmente são de australianos voltando para casa”, disse o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, durante entrevista coletiva em Camberra. Confinamento obrigatório

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Para reforçar o cumprimento da medida na Austrália, as forças militares serão destacadas, embora não possam fazer detenções pois esta tarefa permanece nas mãos das autoridades estaduais e territoriais, que também financiam os custos de alojamento.

Morrison se recusa a impor o confinamento obrigatório a toda a população australiana e só ordenou, desde a última segunda-feira, o fechamento de serviços não essenciais, embora escolas e creches continuem funcionando, apesar da taxa de infecção dobrar a cada três dias.

Na Austrália, um país com cerca de 24,6 milhões de habitantes, as infecções pela Covid-19 ultrapassam 3 mil casos e causaram 13 mortes, especialmente Nova Gales do Sul e Victoria, cujas capitais são Sydney e Melbourne, portanto esses estados não eles descartam aumentar a restrição de movimento ao máximo.

Por outro lado, a Nova Zelândia, com cerca de 4,8 milhões de habitantes e cerca de 340 infecções, ordenou a quarentena obrigatória de um mês a sua população, dias após coordenar políticas de restrição de viagens com a Austrália.Continuar Lendo

Procon de SP notifica 400 comércios a apresentar nota fiscal de produtos

Estabelecimentos têm que apresentar nota fiscal de compra e venda de produtos

Estabelecimentos têm que apresentar nota fiscal de compra e venda de produtos Divulgação/Procon-SP

O Procon de São Paulo notificou 400 estabelecimentos a apresentar notas fiscais de venda ao consumidor e de compra junto aos fornecedores de álcool em gel e máscaras, no período de janeiro a março. O objetivo da operação chamada Covid-19 é saber se houve aumento abusivo dos preços sem justa causa durante a pandemia de coronavírus. No total, foram 532 locais fiscalizados no estado e 75% deles foram notificados.

Desde o dia 16, os fiscais percorreram estabelecimentos comerciais, como farmácias, supermercados, hipermercados e outras lojas no estado de São Paulo, para verificar os preços praticados nas vendas ao consumidor final de álcool em gel e máscaras de proteção individual.

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De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, é caracterizada como prática abusiva elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. O consumidor pode registrar a reclamação no Procon. A diretoria de fiscalização vai solicitar esclarecimentos do fornecedor. Ele poderá responder a processo administrativo e ser multado caso a infração seja constatada.

As denúncias podem ser feitas pela internet (www.procon.sp.gov.br), aplicativo ou via redes sociais marcando @proconsp. É preciso indicar o endereço ou site do estabelecimento que será alvo de fiscalização.

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Segundo o Procon, a operação continua tanto na capital quanto no interior para apurar denúncias encaminhadas pelos consumidores

Fonte: R7