O Hospital Evangélico reforça a importância da conscientização sobre a doação de órgãos nesse mês
Após passar por um transplante de córneas a vida de Paulo Roberto teve mais cor e alegria! O enfermeiro de 38 anos fez a cirurgia no Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV) quando tinha apenas 23. Afetado pela doença ceratocone percebeu que estava perdendo a visão do olho esquerdo.

“Eu coçava muito o meu olho e já estava enxergando tudo embaçado. Os meus óculos tinham um grau muito alto e já não estavam funcionando mais. Fui sentindo que estava ficando cego, sentia muito medo e ansiedade”, conta o enfermeiro.
Paulo Roberto do Nascimento entrou na fila para o transplante de córneas e após oito meses foi operado no HEVV. “Voltei a enxergar gradativamente. Foi um alívio! Minhas enxaquecas acabaram, a minha ansiedade passou. A vida sorriu para mim graças a uma família que disse sim e fez a doação”, disse Paulo Roberto.
O Hospital Evangélico é referência em transplantes de rim, córnea, coração e fígado. Há 13 anos, o hospital promove uma caminhada para sensibilizar as pessoas sobre a doação de órgãos. “Muitas pessoas ainda têm dúvidas, a informação é primordial para que as famílias entendam como funciona o processo. Nós buscamos desconstruir os mitos e explicar como acontece todo o procedimento”, ressalta Bruno Majevski, que é coordenador do Centro Transplantador do HEVV.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SESA), neste ano houve o aumento em 57% no número de transplantes de córneas neste ano quando comparado ao mesmo período do ano passado. De janeiro a julho deste ano, o Estado realizou 264 transplantes de córnea, enquanto que no mesmo período de 2024 foram realizados 167 transplantes.
“O transplante de córneas serve para restaurar a visão, melhorar a função ocular ou até mesmo aliviar a dor em caso de doenças como ceratocone, infecções ou distrofias corneanas. A cirurgia substitui a córnea danificada ou doente por uma córnea saudável de um doador”, explica o oftalmologista do HEVV, Dr. Rodrigo Amador.
Paulo Roberto do Nascimento não conhece a família doadora, mas agradece: “Abro os meus olhos e agradeço a família que fez a doação. A doação dessa córnea me trouxe mais qualidade de vida”.
Fonte: AEBES