O Hospital Evangélico oferece esse serviço há dois anos
Mãe e filho esperam a equipe do serviço de atendimento domiciliar. Os profissionais da saúde chegam à casa da família para oferecer cuidados especializados no tratamento pós-cirúrgico de Guilherme. Ele tem apenas seis anos de idade e passou por uma gastrotomia no final do ano passado.
“Inicialmente, as visitas eram diárias devido à necessidade específicas do tratamento proposto ao paciente. Hoje, a nossa equipe vai até a casa da família cerca de três vezes por semana para monitorar os curativos com a gastrotomia”, explica a coordenadora assistencial do programa de assistência domiciliar, Raquel Meneghel Schwanz de Oliveira.
Guilherme Marcarine é atendido pelo programa há aproximadamente cinco meses. Ele tem microcefalia, paralisia cerebral e dificuldades alimentares associadas à disfagia. A mãe de Guilherme, Fátima Marcarine, é deficiente visual total e cuida do filho sozinha.
“Logo após a cirurgia eu fiquei bem aflita porque não imaginava como conseguiria cuidar do meu filho. Até que o hospital me falou do programa. Graças a Deus eu tive a ajuda dessas profissionais. Elas me deram o suporte quando eu mais precisei”, conta Fátima.
A coordenadora Raquel Meneghel também fala que Fátima enfrenta desafios diários para garantir o bem-estar do filho e por isso a equipe do programa de serviço domiciliar ofereceu um suporte contínuo. “Nós ofertamos um treinamento e encorajamos a mãe de Guilherme para que ela mesma realizasse os cuidados de forma eficaz, o que contribuiu, significativamente, para a melhor evolução do tratamento de seu filho”, disse a coordenadora assistencial do programa.
Cada equipe do Programa Estadual de Atenção Domiciliar é formada por médico, técnico de enfermagem, enfermeiro, assistente social e fisioterapeuta. A frequência do atendimento é definida de acordo com as necessidades clínicas de cada paciente. “Aqui em casa somos só eu e meu filho. Eu já me acostumei com as visitas, quando o programa finalizar, eu sentirei falta do atendimento delas”, disse Fátima Marcarine.
O serviço de atenção domiciliar estadual é uma parceria firmada entre o Governo do Estado do Espírito Santo, através da Secretaria Estadual de Saúde (SESA), com a Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (AEBES). O atendimento é voltado para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) dos municípios de Vitória, Serra e Viana.
Atualmente, o serviço conta com seis equipes, incluindo uma especializada no atendimento infantil. Essas equipes estão alocadas em pontos estratégicos como o PA Arlindo Villaschi, o Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN) e o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE).
“Hoje nós atendemos 162 pacientes com serviço de atenção domiciliar. São crianças, adultos e adolescentes contemplados por essa política pública. A desospitalização traz vários benefícios como a redução no tempo de internação do paciente e, consequentemente, a diminuição dos riscos de ocorrerem infecções hospitalares, além de contribuir com uma recuperação mais rápida e com mais conforto”, destaca Maxson de Paula Souza, que é gerente do programa.
Fonte: AEBES