Ação aconteceu na manhã desta quinta-feira (13) e um homem foi detido; segundo as investigações, ele também produzia leite com substâncias ilegais
Um abatedouro clandestino de cavalos e bois foi descoberto em Xuri, Vila Velha, na manhã desta quinta-feira (13). No local havia carcaças de 20 cabeças de gado, de seis equinos e até de três cachorros. Um homem de 48 anos foi detido. Segundo a Polícia Civil, há indícios de que a carne era comercializada de forma ilegal. Além disso, leite com substâncias impróprias era produzido na propriedade.
De acordo com apuração do repórter a polícia encontrou uma verdadeira linha de abate no local.
“Essa operação se deu após dois meses de investigação, fizemos todos os levantamentos, encontramos um cemitério de animais, um abatedouro clandestino que abate animais de forma cruel. Há um crime ambiental porque todo o descarte era feito no curso de um rio, isso polui e deixa a água imprópria. Se esses animais estiverem doentes, todos os animais das fazendas do entorno podem se contaminar. Pelo volume de carne abatida nesse espaço, não tenho dúvidas de que essas carnes eram postas à venda”, declarou o delegado Leandro Piquet, responsável pelo Núcleo de Proteção Animal da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente.
O diretor de bem-estar animal da Prefeitura de Vila Velha, Celso Cristo, falou mais sobre a produção de leite que acontecia na propriedade: “Foi constatado que existia a ordenha de vacas, e esse leite era direcionado para a indústria com uma série de elementos como antibióticos e pesticidas, que causam danos sérios à saúde da população. Na ação desta quinta foi constatado o abate de cavalos e bois. O consumo dessa carne pode ter mais de 100 tipos de doenças como tuberculose e raiva, transmitida para seres humanos”.
As investigações apontam que o suspeito de 48 anos não agia sozinho, devido à quantidade de animais. Por isso, o caso continuará sendo investigado. O homem foi levado para a Delegacia Regional de Vila Velha e vai responder pelos crimes de poluição (pelo descarte irregular das carcaças e medicamentos), maus-tratos de animais e crime contra a saúde pública.
A Polícia Civil foi procurada para informar se ele foi encaminhado ao sistema prisional e afirmou que a ocorrência está em andamento no plantão vigente. “Somente após a finalização das oitivas, teremos mais informações sobre os procedimentos adotados pelo delegado da Central de Teleflagrante”, disse a corporação.
Fonte: A Gazeta







































