Os dados foram apresentados para uma equipe interdisciplinar da Secretaria de Saúde e de outras pastas.
A epidemiologista e pesquisadora internacional, Professora Dra. Ethel Leonor Noia Maciel, esteve na manhã desta segunda (15) em Alfredo Chaves apresentando dados de uma pesquisa global sobre a febre oropouche, a qual o município é fonte de estudo.
O encontro reuniu também outros dois especialistas de renome para discutir avanços na pesquisa e estratégias de saúde pública. Os dados foram apresentados para uma equipe interdisciplinar da Secretaria de Saúde e de outras pastas.
Alfredo Chaves integra oficialmente o estudo internacional “Global case series of Oropouche virus disease during the 2023–2024 outbreak”, conduzido em parceria com o Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal), a Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD) e o Laboratório de Epidemiologia da UFES (LabEpi/UFES), sob coordenação da professora Ethel Maciel e apoio da Prefeitura Municipal de Alfredo Chaves.
A pesquisa tem chancelas internacionais e é considerada essencial diante da expansão geográfica do vírus Oropouche, dos casos graves já identificados, da transmissão vertical registrada e até dos primeiros óbitos associados à doença no Brasil. Os resultados irão subsidiar não apenas as ações locais, mas também políticas públicas globais de saúde.
Ethel tem reconhecimento mundial, é pesquisadora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com pós-doutorado na Johns Hopkins University (EUA). Enviada especial da COP-30 para o setor saúde.
Também estavam na reunião os doutores em Saúde Coletiva João Paulo Cola e Karllian Soares. Eles atualizaram as informações coletadas a partir de uma pesquisa sobre a Febre Oropouche realizada no município em parceria com a Fiocruz, Sesa, Embrapa e Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Taís Uliana, o encontro reforça o compromisso do município com a ciência e a prevenção. “É uma oportunidade para trazer informações atualizadas, trocar experiências e fortalecer estratégias de vigilância, prevenção e controle das arboviroses, que vêm se tornando um desafio crescente no Brasil.”
O que é a Febre Oropouche?
Transmitida pelo mosquito maruim (Culicoides paraensis), a Febre Oropouche apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, como febre, dores musculares e articulares, dor de cabeça, náuseas e diarreia. Apesar de não haver tratamento específico, é essencial procurar atendimento médico para o manejo dos sintomas e acompanhamento adequado.
Fonte: Secom