José Cândido Felix, de apelido “Gordinho” não compareceu ao júri e teve o nome incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão; crime ocorreu em abril de 2013

O Tribunal do Júri condenou, nesta quarta-feira (28), o lavrador José Cândido Felix, conhecido como “Gordinho”, a 21 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato de Lourival de Jesus Filho, crime ocorrido na madrugada de 16 de abril de 2013, no Córrego Milanezi, zona rural de Santa Teresa, na região Serrana do Espírito Santo.

O júri entendeu, segundo a sentença, que José foi o autor dos golpes de facão que decepou o pescoço a vítima. Em seguida, de acordo com a decisão, o réu destruiu parcialmente o corpo, ateando fogo na cabeça da vítima. José Cândido não compareceu ao julgamento e é considerado foragido.

O júri responsabilizou José Cândido pelo crime de homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Pelo assassinato, com a condenação imposta pelo júri, o juiz Alcemir dos Santos Pimentel, que presidiu a sessão, fixou a pena de 19 anos de prisão.

O réu também foi condenado pelo crime de destruição de cadáver – equivalente ao de ocultação – pelo qual o magistrado estabeleceu a pena de 2 anos e 6 meses de reclusão. O juiz ainda decretou a imediata prisão de José Cândido para cumprimento da pena total de 21 anos e 6 meses, em regime fechado, e, diante da ausência dele, determinou que a ordem de prisão seja inserida no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) informou que José Cândido chegou a ficar preso por alguns anos, mas acabou colocado em liberdade pela Justiça para aguardar o julgamento, que ocorreu 12 anos após o crime.

Quero pedir o empenho da polícia para capturar este homem. Ele cometeu um crime brutal e precisa cumprir a pena à qual foi condenado por tirar a vida deste homem, cortando o pescoço, e depois colocando fogo da forma que fez”

Egino RiosPromotor de Justiça

Os detalhes do crime

Segundo documentos do processo aos quais a reportagem teve acesso, no dia do crime, Lourival havia participado de um churrasco com a presença do homem apontado como algoz. Depois, a vítima foi para casa. O condenado, então, “aproveitando-se do repouso e da embriaguez da vítima, a pegou pela cabeça e, utilizando um facão, cortou o pescoço da vítima, decapitando-a”, diz a denúncia do Ministério Público (MPES) que embasou a acusação no júri.

Depois, José Cândido ateou fogo na cabeça de Lourival e dispensou o membro a alguns metros do local do crime, em uma horta de tomates. O crime foi motivado pelo fato de a vítima ter chamado um dos presentes no churrasco de “sogro” e afirmado que iria namorar a filha do homem, ele querendo ou não, detalhou o MPES.

Defesa

A reportagem tenta localizar a defesa do condenado. O espaço permanece aberto para posicionamento. 

Fonte: a Gazeta