Caso aconteceu na Aldeia da Praia, em Guarapari, há 12 anos; Ministério Público chegou a pedir que não houvesse júri popular, por falta de provas contra a ré

  • O júri popular de Juliete Ferreira Simões, de 34 anos, foi marcado para o dia 27 do próximo mês. Ela é acusada de motivar o suicídio de Rosana Zazari Alves, ocorrido em julho de 2013, no condomínio Aldeia da Praia, em Guarapari.
  • A acusação foi oferecida em 2014 pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Segundo o MP, Juliete, mesmo estando ciente do “profundo estado depressivo” de Rosana, teria induzido ou instigado a vítima a tirar a própria vida.
  • Uma das provas mais importantes alegadas é uma suposta ameaça telefônica: “se mata que eu vou ficar com tudo que é seu”, atribuída a Juliete em ligação para Rosana.
  • Defesa e controvérsias
  • A defesa argumenta que essa ligação nunca foi comprovada. Segundo o advogado, não há registro do número da vítima, e a operadora informou que o telefone não estava ativo na época.
  • O MP chegou a pedir a impronúncia (ou seja, que Juliete não fosse levada a julgamento), alegando falta de provas, mas o juízo da 1ª Vara Criminal de Guarapari rejeitou o pedido.
  • A família de Rosana atua como assistente de acusação e sustenta que houve instigação ao suicídio, pedindo que a Justiça condene Juliete.

Particularidades do caso

  • Casos de instigação ao suicídio, quando levados a julgamento, são raros no Brasil — poucos precedentes existem.
  • O processo também envolve aspectos familiares e econômicos: Rosana sofria de depressão e já havia tentado suicídio em outras ocasiões, e a família enfrentava dificuldades financeiras e disputas judiciais relacionadas aos bens da empresa TA Oil, da qual Rosana e seu ex‑marido eram sócios.

Fonte: Portal Colina Notícas