Conceição Pissinali foi atingida por ciclista na contramão quando voltava da farmácia, na Enseada do Suá
A aposentada Conceição Pissinali, de 82 anos, morreu nesta sexta-feira (7) após passar 20 dias internada em estado grave. Ela foi atropelada por uma bicicleta elétrica no dia 16 de outubro, na Enseada do Suá, em Vitória, bairro onde morava há mais de quatro décadas.
De acordo com familiares, Conceição voltava da farmácia, a menos de 100 metros de casa, quando foi atingida por uma ciclista que trafegava na contramão, entre a calçada e a pista. A vítima se preparava para atravessar na faixa de pedestres. “Ela olhou para o sentido dos carros, para atravessar, e pouco antes de chegar à faixa vinha uma bicicleta elétrica em alta velocidade”, contou o genro, Luciano de Magalhães, à TV Gazeta.
O pedal da bicicleta acertou a perna da idosa, que caiu e sofreu uma fratura. Ela foi socorrida por uma ambulância do Samu/192 e levada para o hospital. Por ter saúde debilitada, já que fazia hemodiálise e tinha quadro de insuficiência renal, o estado de Conceição se agravou nos dias seguintes. “Ela precisou de cirurgia abdominal, teve infecção e o estado foi piorando. Infelizmente, ela faleceu hoje (sexta-feira) cedo”, relatou o genro.
‘Sempre andava a pé, tinha medo do trânsito’
A família descreve Conceição como uma mulher tranquila e muito conhecida no bairro. Ela morava na mesma casa há 45 anos, costumava fazer caminhadas curtas e era querida pelos vizinhos. “Era uma pessoa maravilhosa, viveu pela família. Nunca tirou carteira, tinha medo do trânsito e sempre andava a pé. Gostava de caminhar na praia, cuidava do quintal, amava os animais”, contou Luciano.
Alerta
Ciclista experiente, o genro de Conceição fez um alerta sobre o uso desordenado de bicicletas elétricas nas vias urbanas. “Tem demais e com muita gente novata, sem experiência, muitos jovens e adultos fazendo conversões onde não pode, andando na contramão, subindo em calçada. Está uma bagunça muito grande, apesar de a gente achar que o modal é fantástico, mas falta regramento, falta infraestrutura, legislação, fiscalização, conscientização e educação”, finalizou Luciano.
Fonte:A Gazeta















































