Além de inhame, outros 50 sabores são fabricados no local. O ingrediente principal vem direto da propriedade da família. Quando falta, eles compram de vizinhos, fortalecendo a produção agrícola familiar – uma das marcas de São Bento de Urânia, onde cerca de 600 famílias cultivam o tubérculo.
Na comunidade de Redentor, no distrito de São Bento de Urânia, o clima ameno das montanhas esconde uma história inspiradora de trabalho, criatividade e amor pelo que se faz. É ali que a família Fardin, tradicional na agricultura familiar, encontrou um novo jeito de empreender: transformando o cultivo de inhame em sabor e refrescância. Assim nasceu o Frescor das Montanhas, uma sorveteria artesanal que vem conquistando paladares dentro e fora de Alfredo Chaves com o famoso sorvete e picolé de inhame
O negócio, tocado por Edinelma e Zelindo Fardin, com o apoio do filho Yuri, começou de forma simples há cerca de oito anos. Além de inhame, outros 50 sabores são fabricados no local. “Minha esposa sempre gostou de fazer doces e sobremesas. Um dia pensamos: por que não transformar essa paixão em uma renda extra?”, conta Zelindo. O que começou com uma pequena produção para vizinhos e amigos cresceu e hoje é uma referência na região.
Atualmente, o Frescor das Montanhas oferece mais de 50 sabores de picolés e sorvetes, preparados com ingredientes selecionados e aquele toque de cuidado típico das famílias do interior.
Além do atendimento direto no local, os produtos chegam também a mercados, padarias, bares e restaurantes dos municípios da região. “No verão, é uma correria, com muitas entregas. No inverno, a gente desacelera um pouco, mas nunca para”, explica Edinelma.
O sabor da terra é transformado em sorvete
Uma das grandes inovações do empreendimento nasceu dentro da escola da filha mais nova do casal. Durante um projeto escolar sobre o inhame, tubérculo símbolo de Alfredo Chaves – reconhecida nacionalmente como a Capital Nacional do Inhame -, surgiu a ideia de criar um sorvete com o ingrediente.
A experiência deu tão certo que o sabor virou sucesso de vendas e entrou para o cardápio fixo. “O picolé e o sorvete de inhame surpreendem quem prova. A gente usa passas e ameixa seca, o que dá um sabor diferenciado e muito cremoso”, conta Edinelma, orgulhosa.
O ingrediente principal vem direto da propriedade da família. Quando falta, eles compram de vizinhos, fortalecendo a economia local e a produção agrícola familiar – uma das marcas de São Bento de Urânia, onde cerca de 600 famílias cultivam o inhame, responsável por boa parte das 50 toneladas produzidas por ano no município.
Um empreendimento com alma capixaba
Mais do que uma sorveteria, o Frescor das Montanhas é um símbolo de como o interior de Alfredo Chaves tem se reinventado. A produção é 100% familiar, com três pessoas envolvidas em todas as etapas, da colheita à fabricação.
O nome do negócio nasceu da própria paisagem. “Aqui é alto, cercado por montanhas, e o clima é sempre fresco. Daí veio o nome ‘Frescor das Montanhas’”, explica Zelindo.
Hoje, quem visita o local encontra não só produtos saborosos, mas também uma história de determinação, criatividade e valorização das raízes. Uma combinação que mostra que empreender, mesmo longe dos grandes centros, é possível — especialmente quando o trabalho é movido por paixão e amor pela terra.
O empreendimento funciona de domingo a sexta-feira, até as 17 horas, e recebe clientes de diversas partes do Espírito Santo — Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Marechal Floriano, Vargem Alta e Alfredo Chaves.

Fonte: Portal Colina Notícias









































