Precisamente no município já deixou sua marca, onde recentemente fez um belíssimo trabalho de identidade visual na fachada da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura.
Ele é autodidata, talentoso e com traço singular. Estamos falando do alfredense Sidney da Silva Apolinário Dias, 34 anos. Precisamente no município já deixou sua marca, onde recentemente fez um belíssimo trabalho de identidade visual na fachada da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura.
Mas sua arte não se limita às fronteiras da cidade: seu talento já deu cor a grandes projetos no Espírito Santo. Para ele o projeto mais desafiador de sua carreira foi a pintura da lateral de um edifício na capital do Estado, Vitória, com elementos da identidade capixaba. “Tive a oportunidade de participar da pintura da primeira empena pintada no Espírito Santo. Esse trabalho foi muito marcante e importante para mim. Era uma parede de 70 metros de altura. Foi desafiador, nunca tinha feito nada parecido”, contou.
Desde criança, o desenho fez parte de sua vida. Inspirado pelos personagens que marcaram sua infância, Sid descobriu cedo a vocação para a arte. Com o tempo, os rabiscos se tornaram traços firmes, e ele percebeu que seu dom não era apenas um passatempo, mas um caminho a ser trilhado.
“A verdade é que tenho facilidade com coisas artísticas e manuais. Começou como um hobby e acabou virando um trabalho.”
Filho mais velho da professora alfredense, Carmem Lúcia, conta que começou a carreira fazendo letreiro e reproduzindo logomarca. “Com o tempo foram aparecendo outras oportunidades. Passei a fazer desenhos em paredes, pintura de quartos infantis”, detalhou.
Outro trabalho que ele tem orgulho de destacar é pintura do muro da antiga Teleste, no centro de Alfredo Chaves. “Criei uma arte para representar a cultura do município e os seus pontos turísticos. Poder ver as pessoas reagindo a cada desenho feito, reconhecendo os lugares e as pessoas é muito especial”, descreveu o artista.
A inspiração, segundo ele, está em todos os lugares: uma foto na internet, uma paisagem, um momento corriqueiro do dia a dia. E desenhar, além de ser seu ofício, é também uma terapia. “Pinto de tudo um pouco: natureza, pessoas, elementos geométricos. Para mim, a arte é liberdade e expressão.”
foto: Higor Rigotti
Mas talvez nada seja tão gratificante quanto ouvir das próprias pessoas o impacto de seu trabalho. “As pessoas me param na rua para elogiar, para dizer que se sentem representadas. Isso é indescritível. Talvez a palavra seja satisfação. Saber que minha arte toca as pessoas é o maior reconhecimento que posso ter.”
Sid segue transformando espaços e inspirando olhares. Com cada pincelada, sua arte reafirma um compromisso: dar cor e significado às paisagens urbanas e culturais, fazendo de cada parede um capítulo vivo da história.
Fonte: Secom
