Fáceis de usar, rápidas e consideradas acessíveis, as bicicletas elétricas se multiplicaram nas vias urbanas e se tornaram o novo meio de transporte preferido entre jovens, adolescentes e até adultos. Mas, junto com a popularidade, cresce também a preocupação: o número de acidentes graves envolvendo esse tipo de veículo tem aumentado de forma preocupante.
Recentemente, um estudante de 15 anos sofreu um grave acidente no bairro Jardim Camburi, em Vitória, enquanto seguia para a escola com uma bicicleta elétrica. Ao fazer uma curva, ele colidiu com um carro e sofreu lesões na coluna. O adolescente foi socorrido e levado para o Hospital São Lucas, sendo depois transferido para um hospital particular, onde permanece entubado.
Outro caso grave aconteceu no último dia 4, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Bernard Costa, de apenas 14 anos, bateu contra um muro ao descer uma ladeira no bairro Noemia Vitali. O jovem está em coma.
Segundo o capitão Anthony Moraes Costa, especialista em segurança viária, o crescimento dos acidentes está diretamente ligado ao aumento da frota de bicicletas elétricas e veículos autopropelidos – aqueles com acelerador. “Muitos usuários trafegam de forma irregular, sem capacete, em calçadas ou vias movimentadas, e se expõem a riscos de colisões e atropelamentos”, alerta.
Além disso, a falta de regulamentação clara, o desconhecimento das regras de trânsito e a imprudência de condutores – muitas vezes menores de idade sem qualquer tipo de habilitação ou orientação – agravam ainda mais a situação.
Uso cresce, mas falta educação no trânsito
As bicicletas elétricas são vistas como alternativas sustentáveis e econômicas, mas exigem responsabilidade e educação no trânsito. Em muitos casos, adolescentes utilizam os veículos como se fossem brinquedos, ignorando as leis e os riscos envolvidos.
Autoridades e especialistas defendem maior fiscalização, campanhas educativas e regulamentação mais rígida para o uso de veículos elétricos leves, especialmente entre os mais jovens.
Enquanto isso não acontece, famílias lidam com as consequências dos acidentes, e a sociedade observa com preocupação o crescimento de uma moda que, se não for bem conduzida, pode custar vidas.
Fonte: Portal Colina Notícias