O medicamento se torna uma opção para o tratamento do controle crônico do peso, em adjuvância a atividade física e dieta de baixa caloria

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (09) a Mounjaro (tirzepatida), da farmacêutica Eli Lilly, para o tratamento de sobrepeso na presença de pelo menos uma comorbidade e obesidade. O medicamento inaugura uma nova classe terapêutica para o tratamento da obesidade, sendo o único medicamento aprovado no Brasil e no mundo capaz de atuar nos receptores de dois hormônios incretínicos, o GIP  (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e o GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon).

Além da indicação para diabetes tipo 2, Mounjaro agora se torna uma opção para o tratamento do controle crônico do peso, em adjuvância a atividade física e dieta de baixa caloria, em pacientes adultos com índice de massa corpórea (IMC) maior ou igual a 30 (obesidade), ou maior ou igual a 27 (sobrepeso) com pelo menos uma comorbidade associada ao peso, como hipertensão, colesterol alto ou pré-diabetes.

Entenda o medicamento

O Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida e é indicado para o tratamento de diabetes tipo 2. “É um medicamento injetável semanal, que tem como princípio ativo a tirzepatida, o primeiro e único agonista duplo dos receptores de dois hormônios produzidos pelo nosso intestino: o GIP e GLP1, que tem papel fundamental no controle da glicemia (açúcar do sangue), apetite e saciedade”, explica a endocrinologista Flávia Tessarolo.

A médica conta que a tirzepatida se liga aos receptores de GIP e GLP1 (como uma chave na fechadura), e assim consegue imitar a ação desses dois hormônios, levando ao controle do diabetes tipo 2 e emagrecimento. “Ela possui a maior eficácia já vista no controle do diabetes tipo 2 e perda de peso nessa população”, diz Flávia Tessarolo.

Fonte: A Gazeta