A Polícia Federal (PF) identificou que o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto recebia cerca de R$ 250 mil por mês em propina no esquema de descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas. A conclusão consta no relatório que embasou a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (13).

Stefanutto foi preso por ordem do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações.

Uso de empresas de fachada

De acordo com a PF, o ex-presidente do INSS exercia forte influência na Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Investigadores afirmam que ele recebia vantagens indevidas por meio de empresas de fachada, incluindo uma pizzaria, uma imobiliária e um escritório de advocacia.

Essas estruturas seriam utilizadas para lavar dinheiro e dar aparência de legalidade aos valores recebidos em troca de favorecer o esquema de descontos fraudulentos.

Defesas se manifestam

Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto informou que ainda não teve acesso à decisão que fundamentou a prisão do ex-presidente do INSS.

A Conafer, por sua vez, declarou estar disposta a cooperar integralmente com as autoridades para esclarecer os fatos e defendeu a presunção de inocência de seus integrantes envolvidos na investigação.

Fonte: Folha Vitória