Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nesta quinta-feira (09)

Uma operação da Polícia Federal realizou ações, nesta quinta-feira (09), para cumprir 9 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão contra membros de uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias e digitais. Um dos investigados, detido em Guarapari, chegou a movimentar R$ 5,6 milhões no período de 28 meses.

Além de ser preso, o homem teve o bloqueio de um imóvel, localizado em Meaípe. Ele é o principal alvo da operação e, a partir dele, foram identificados outros oito integrantes da organização, alguns atuando diretamente na execução das fraudes e outros que eram responsáveis por fornecer dados cadastrais das vítimas e informações bancárias.

A fraude funcionava por meio de um esquema estruturado que combinava a obtenção e uso de dados de vítimas para realização de compras on-line e pagamentos via links/maquinetas; alterações indevidas de credenciais para viabilizar saques e movimentações em contas sociais digitais; e utilização de empresas e contas de passagem para ocultar e dissimular a origem dos recursos.

Após investigações, os mandados foram cumpridos nesta quinta, simultaneamente, nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Goiás, com o objetivo de desarticular o grupo criminoso. Até o momento, quatro pessoas foram presas preventivamente e um investigado permanece foragido.

Além desses mandados, está sendo cumprida uma medida de suspensão do exercício de função pública, aplicada a um empregado da Caixa Econômica Federal, além de medidas patrimoniais de sequestro e bloqueio de bens, com indisponibilidade de valores até o limite de R$ 5.526.116,64, e o bloqueio do imóvel localizado em Meaípe, Guarapari, por meio do Cadastro Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB).

Na ação desta quinta também foram apreendidos dois veículos, aparelhos celulares e um notebook, que serão encaminhados para análise pericial. As investigações continuam com o objetivo de descobrir a quantia total dos danos, identificar outros envolvidos e promover a responsabilização criminal caso os investigados sejam condenados. Eles respondem pelos crimes de estelionato majorado, uso de documento falso, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Procurada pela reportagem a Caixa informou que tem atuado em conjunto com órgãos de segurança pública nas investigações e operações que buscam combater fraude e golpes, além de atuar no aperfeiçoamento dos critérios de segurança em movimentações financeiras.

Fonte: Tribuna Online