Fachada do prédio, no Centro de Vila Velha, recebeu iluminação azul
Estima-se que seis mil pessoas, todos os anos, são vítimas de afogamento no Brasil. Para conscientizar o mundo sobre a prevenção, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o movimento “Go Blue”, que reúne milhares de instituições no mundo todo em torno do assunto. A Câmara de Vila Velha aderiu ao movimento e, ao longo da semana, a fachada da sede do Legislativo canela-verde contará com iluminação azul, em alusão ao Dia Mundial da Prevenção do Afogamento, na sexta-feira (25).
O objetivo é chamar a atenção dos moradores e turistas que escolhem o litoral da cidade para passar as férias. No ano passado, as equipes do Salvamar realizaram 860 resgates — um número elevado.
Para buscar reduzir esses números, o presidente Osvaldo Maturano afirmou que apoiar a iniciativa da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), organizadora nacional, é fundamental.
“Estamos falando de um movimento que une o mundo todo em uma tentativa de reduzir ou acabar com os afogamentos, que vitimam muitas pessoas todos os anos. Nos aliamos ao Cristo Redentor e ao Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, bem como à Ponte Estaiada Roberto Marinho e à Biblioteca Mario de Andrade, na cidade de São Paulo. É nossa contribuição para alertar sobre a prevenção”, comentou Maturano.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as crianças são as principais vítimas de afogamento. Dados do Ministério da Saúde apontam que a principal causa de mortes e sequelas na faixa etária de 0 a 14 anos são os acidentes não intencionais, como afogamentos. Isso se deve à displicência dos adultos que as deixam sozinhas (um momento de distração pode ser fatal), à curiosidade natural da idade, ao fato de não saberem nadar, de se apavorarem mais facilmente, entre outros fatores.
Engana-se quem pensa que apenas em grandes volumes de água pode acontecer o afogamento. Há registros de mortes por afogamento em banheiras, poças e até mesmo em bacias.
Os afogamentos, de acordo com os Bombeiros — em especial os que envolvem crianças —, geralmente acontecem de forma muito rápida, silenciosa e quando não há a supervisão de um adulto.
Dicas dos Bombeiros para prevenir acidentes na água:
- Não imergir em água após lanches e refeições;
- Não se afastar da margem;
- Não saltar de locais elevados para dentro da água;
- Prefira lançar objetos flutuantes (bolas, boias, isopores, madeiras, pranchas e outros) ou então corda para salvar pessoas, em vez da ação corpo a corpo. Esse ato pode causar o afogamento de ambos;
- Não deixar crianças sozinhas, sem a presença de um adulto responsável;
- Identifique, nas proximidades, a existência de salva-vidas e permaneça próximo a ele;
- Observar a sinalização do local, pois ela indicará se o espaço é próprio para banho ou não;
- Evite brincadeiras de mau gosto, como os conhecidos “caldos”;
- Tome cuidado ao caminhar sobre superfícies rochosas. Elas podem estar escorregadias, o que pode levar a quedas e cortes;
- Oriente as crianças sobre o perigo de entrar em águas mais profundas ou de ficar sozinhas;
- Em caso de problemas, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros, para que ele oriente e auxilie a vítima. Disque 193;
- Não deixe a criança na banheira enquanto vai buscar algum objeto fora do banheiro: bastam 10 segundos para que a criança fique submersa;
- Não abandone uma criança para atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que ela perca a consciência se submersa;
- Não deixe uma criança sozinha em qualquer tipo de reservatório d’água: uma criança submersa entre 4 a 6 minutos pode sofrer danos permanentes no cérebro;
- Nunca deixe a criança sozinha dentro ou próxima da água, mesmo em locais considerados rasos;
- Mantenha baldes, recipientes e piscinas infantis vazios. Guarde as vasilhas sempre viradas para baixo e fora do alcance das crianças;
- Feche sempre a tampa do vaso sanitário e tranque a porta do banheiro;
- Em praias, rios, represas e lagos, preste muita atenção nas crianças. Fique alerta às mudanças de ondas e correntes, por exemplo;
- Sempre use colete salva-vidas aprovado pela Capitania dos Portos ao frequentar praias, rios, lagos ou ao praticar esportes aquáticos;
- Saiba quais amigos ou vizinhos têm piscina em casa e, quando seu filho for visitá-los, certifique-se de que ele será supervisionado por um adulto enquanto estiver na água;
- Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número da central de emergência à mão;
- Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com cercas e a constante supervisão de adultos.
- Fonte: Secom