Presidente eleito para o triênio 2021/2024, e mandato estendido a 2025 devido divergências políticas no clube associativo, Pachêco analisa como positivo o período de gestão do Rio Branco Atlético clube, e traça paralelo da situação caótica ao assumir o clube, à reconstrução da instituição, constituição da SAF e conquista do bicampeonato capixaba.

Ao assumir o clube o cenário era de caos, não tínhamos estrutura física e local de treino, nem tampouco ferramentas de trabalho pra comissão técnica e atletas, o CNPJ do clube estava inapto pois à 04 anos o Rio Branco não contabilizava a movimentação financeira devido negligência administrativa das gestões anteriores, não tínhamos receita e se obtivesse recursos financeiro seria penhorado, no judiciário diversas ações trabalhistas, a maioria julgado a revelia e com ordem de penhora, adicionado a processos no âmbito cível, tributário e fiscal, sem contar as constantes cobranças do passivo do clube de aproximadamente R$ 6 milhões de reais na época, inclusive a primeira mensagem que recebi após me eleger não foi de cumprimentos, e sim de cobrança de dívida de gestões passada, enfim o clube estava falido e a operação inviável, faltava somente decretar falência.

Pachêco relata que o projeto de gestão elaborado pra reconstrução do clube foi colocado em prática, renegociando o passivo da instituição, principalmente as dívidas trabalhistas, e utilizando teus contatos empresariais e político, somado a imagem do clube centenário, pra angariar patrocinadores e parcerias, viabilizando a operação do clube, disputando todas as competições do calendário estadual.

Foram mais de 03 anos de trabalho árduo, dedicados diuturnamente ao clube, investindo recursos próprio, abdicando de família e lazer, com vistas a preparar o clube pro futuro, e apesar da receita obtida ser quase que na totalidade empenhada em quitação das dívidas do passado, tínhamos que honrar a história e tradição do clube, e obter resultado esportivo em campo, e conseguimos.

O ex mandatário capa-preta cita dentre os feitos de sua gestão, a reconstrução do Rio Branco Atlético Clube, saneamento financeiro da instituição, quitação da dívida trabalhista, equacionamento da dívida tributária, fiscal e cível, reposicionamento da marca Rio Branco no mercado que culminou no recebimento de 08 sondagens de SAF, constituição e negociação da primeira SAF do estado, com investimento mínimo de R$ 50 milhões nos primeiros 10 anos de Sociedade Anônima do Futebol, sendo R$ 10 milhões orçado pra construção do CT Capa Preta, e ter disputado 04 finais consecutiva em quase 04 anos de gestão (Copa ES e Capixabão), culminando na conquista do bicampeonato capixaba, recolocando o Rio Branco no calendário das competições nacionais (Série D, Copa do Brasil e Copa Verde).

Pachêco avalia como positivo a gestão, e que superou a expectativa dos sócios do clube e torcedores.

Foi desafiador e, ao mesmo tempo, extraordinário gerir o maior clube do estado, penso eu que minha missão foi cumprida, o compromisso acordado com os sócios e projeto de gestão ao assumir a agremiação capa-preta, era a reconstrução do clube e saneamento financeiro da instituição em até 06 anos (dois mandatos), sem expectativa de resultado esportivo. No período menor que o projetado atingimos os objetivos de longo prazo, gerindo o clube com transparência e governança corporativa, reconstruindo e saneando o Rio Branco, preparando o clube pro futuro, e apesar das dificuldades financeira obtivemos resultado esportivo, adicionado a negociação da SAF garantindo investimentos vultuosos no futebol e estrutura do clube nos próximos 10 anos.

Perguntado sobre a possibilidade de recuperação do terreno no município de Serra, Pachêco respondeu que trava uma batalha jurídica pra retomada e posse do terreno, e citou que o processo será julgado no STF.

Ao assumir o clube esta causa era considerada perdida, porém através de contratação de assessoria jurídica especializada, encontramos brecha no processo cujo a princípio, o terreno teria sido retomado indevidamente pela municipalidade, inclusive o terreno continua registrado no cartório em nome do Rio Branco Atlético Clube, apesar de bloqueado, porém não posso citar a tese de defesa pois processo tramita em segredo de justiça. Obtivemos sucesso no recurso inicial e processo foi alçado ao Superior Tribunal Federal (STF), já que se trata de direito constitucional. Contratamos escritório advocatício com expertise e trânsito em Brasília, processo tramita no STF e estamos confiantes em decisão favorável ao clube na última instância da justiça, que será julgado dia 07/ago/2025.

O ex Presidente agradece ao torcedor, e cita que o apoio das arquibancadas foi fator fundamental na reconstrução do clube.

Agradeço o reconhecimento e carinho da torcida capa-preta, o incentivo e apoio do torcedor alvinegro foi o estímulo pra não desistir, superar os obstáculos e se manter trabalhando diuturnamente em prol do Rio Branco.

Questionado referente não ter se candidatado a reeleição, Pachêco respondeu que o processo eleitoral no clube foi irregular desde a constituição da Junta Governativa Provisória ao Edital de Convocação do pleito, e o estatuto social da instituição não foi respeitado, que preza pela legalidade e não tecerá comentários adicionais, e sua assessoria jurídica avalia as medidas judiciais.

Fonte: Portal Colina Notícias