Namorado da mãe da vítima teria levado a criança à unidade de saúde, alegando uma infecção preexistente e que ela estava passando mal, mas bebê de 1 ano e 6 meses já chegou morta ao local
Uma criança de 1 ano e 6 meses chegou morta à UPA de Riviera da Barra, em Vila Velha. A mãe e o namorado dela foram levados à delegacia para darem esclarecimentos sobre o caso, registrado na noite de sábado (10). Segundo a Polícia Civil, ninguém foi preso.
Em entrevista por telefone à TV Gazeta, a madrinha da criança contou que viu a afilhada na última quinta-feira (8) e que ela estava passando mal, com infecção urinária e diarreia. “Ela estava com uma infecção no sangue e na urina. Tomou o último remédio na quinta-feira à noite, prescrito para sete dias de tratamento. As perninhas, os bracinhos, tudo estava limpinho (sem machucados). Só estava com diarreia”, disse a madrinha. Vizinhos da mãe, ouvidos pela reportagem, disseram que a mãe e o namorado saíram de casa com a menina depois que ela teve falta de ar.
Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil, o namorado teria levado a criança à unidade de saúde alegando essa infecção preexistente e que ela estaria passando mal, mas a vítima já chegou morta ao local. O médico legista do Instituto Médico-Legal (IML) comunicou à polícia que, baseado em uma perícia preliminar, havia lesões no corpo, com hematomas principalmente na região do tórax. “As lesões no corpo da menina eram graves e compatíveis com agressões por terceiros, descartando quedas acidentais ou doenças naturais”, informa o documento. No registro policial, é informado que o legista não iria finalizar o laudo no mesmo dia.
Ainda no boletim, após receber essas informações do legista, uma equipe da Polícia Civil saiu em captura da mãe da criança e do seu companheiro. No documento consta que eles foram conduzidos até a delegacia.
A Polícia Civil informou que o corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico, que identificará a causa da morte. O caso foi encaminhado para a Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), que aguarda os resultados dos exames para definir se haverá instauração de inquérito, caso seja constatada morte violenta.
A assessoria da corporação disse também, em nota, que não tem autorização de passar informações sobre identificação e liberação de corpos sem autorização das famílias das vítimas.
A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus-ES) que informou que não havia nenhum registro de entrada do casal no sistema prisional.
Fonte: A Gazeta