Secretário de Saúde fez nova proposta ao governo federal para separar até 80% das doses para quem não está no grupo prioritário

Para dar mais agilidade à vacinação no Espírito Santo, o governo do Estado quer começar a vacinar a população em geral, por idade, começando por quem tem entre 55 e 59 anos.

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, já tinha se manifestado a favor da medida, mas agora está reforçando uma nova proposta: usar entre 70% e 80% das doses que chegam para vacinar a população fora do grupo prioritário, começando pelos mais velhos, e entre 20% e 30% para dar continuidade aos grupos prioritários.

De acordo com Nésio, ontem mesmo já conversou com o representante do Plano Nacional de Imunizações (PNI), do governo federal, sobre a possibilidade. “Ele se mostrou aberto à proposta, que ainda deve ser debatida com conselho dos secretários municipais e estaduais de saúde e área técnica”.

Entre as justificativas do secretário para a mudança é a necessidade de dar velocidade à imunização.

“Toda vacinação, quando entra em grupos prioritários, que exigem laudos confirmatórios, por exemplo, com muitos detalhes, ela acaba acontecendo de forma mais lenta do que uma vacinação aberta para o grupo etário, fora de grupos prioritários”.

Das 1.743.400 doses recebidas até o momento no Espírito Santo, foram aplicadas entre primeiras e segundas doses 1.161.222, restando mais de 580 mil doses em estoques aguardando serem aplicadas.

“Temos 100 mil doses da Coronavac que chegaram nesta semana. E temos uma quantidade de vacinas que chegaram para grupos prioritários que tiveram pouca adesão”.

Ele destacou que, mesmo assim, o Estado tem se mantido entre as 5 melhores posições de execução da vacinação.

Para as próximas semanas, o secretário reforçou que acredita em boas notícias para a vacinação. “Há uma possibilidade da Anvisa dar o aval às vacinas Sputnik (russa) e a Covaxin (indiana), o que representaria grande quantidade de doses ao PNI. Além disso, há expectativa de que o governo federal anuncie a compra de outro imunizante”.

Fonte: Tribuna online